Presa na terça-feira à noite por tentativa de furto de um veículo em São Paulo, a jogadora Stephane Gomes dos Santos, conhecida como Bebel, foi expulsa do Santos por uso de drogas e mau comportamento. Pessoas ligadas ao clube destacaram a tentativa do clube em ajudar e reabilitar a jogadora no período em que defendeu o time, mas sem sucesso.
Bebel é descrita como uma pessoa tranquila, simpática, mas com más influências. Uma pessoa que trabalhou com Bebel e que pediu para não ter o nome revelado disse que a jogadora usou drogas dentro do alojamento, causando revolta por parte das demais atletas e atrapalhando o cotidiano do clube nas competições.
?Ela tinha problemas com drogas. Não sei qual era droga. Não sei que tipo de droga que ela usava. Mas quando descobrimos, corremos atrás para tentar ajudar?, disse uma pessoa que trabalhou no extinto time feminino do Santos.
A situação de Bebel se tornou insustentável em campo. Ela ficou três meses no Santos, sendo expulsa após a série de incidentes internos.
?A gente fez reuniões com ela, oferecemos ajuda, rezamos por ela. A situação foi insustentável, abalou o pscicológico de todo o grupo. Depois ficamos sabendo que ela estava em São Paulo , que tinha se recuperado?, acrescentou.
Ela teve passagens também por times de São Bernardo, Foz do Iguaçu, Corinthians, além de defender a seleção brasileira nas categorias de base e principal.
"O grupo gostava dela, ela era amiga de todo mundo. Dentro ambiente de trabalho ela tinha uma postura legal, extrovertida, coração bom. Rendia bem, era uma baita jogadora. Era titular. Tem um potencial enorme", disse outra pessoa entrevistada.
Transferida para o 97º, Bebel teria ajudado seu namorado, Rogério Marqueze, a fugir da cena do crime. Stephane e o parceiro foram detidos pela Polícia Militar em flagrante e o caso foi registrado como furto qualificado no 31º DP, que fica no bairro do Carrão, em São Paulo.
O incidente aconteceu na última terça. O porteiro Alessandro dos Santos Rodrigues diz que estava em seu local de trabalho quando percebeu uma movimentação suspeita perto de seu carro.
Ao se aproximar, ele percebeu a presença de Rogério Marqueze tentando dar partida em seu Escort, modelo 1990.
De acordo com o relato do porteiro, o infrator ainda retornou ao local para recolher a chave mixa (usada para arrombar fechaduras) antes de fugir em um Tempra. Stephane estaria dirigindo o veículo, que estava preparado para a fuga.
Alertada pelo porteiro sobre a placa do carro em questão, a PM teria localizado o Tempra e detido Stephane e o namorado. Rogério admitiu o crime e disse que o dinheiro da venda do veículo seria usado para comprar drogas.
Já a jogadora negou as acusações e disse que estava apenas acompanhando o namorado. Só que o porteiro Alessandro reconheceu o casal e acabou incriminando Stephane.