Sete prefeito baianos presos pela Polícia Federal nesta semana, durante a operação Carcará, foram libertados da carceragem da PF, em Salvador, na noite de sexta-feira. São acusados de envolvimento no esquema de fraude em licitação e compras superfaturadas de merenda escolar, medicamentos e obras públicas. Eles foram soltos por determinação da Justiça, que acolheu o argumento dos advogados de defesa de que o objetivo das prisões já havia sido atingido, com todos sendo interrogados.
A Justiça também determinou a liberação dos outros 35 acusados que possuíam prisões temporárias. Mas eles só devem ser soltos neste sábado, porque quando o alvará de soltura foi expedido, na sexta à noite, não havia mais expediente administrativo nas unidades prisionais em que eles estavam, no Complexo Penitenciário do Estado, também na capital baiana. Só continua preso Edison dos Santos Cruz, apontado como líder do esquema, que cumpre prisão preventiva.
Os prefeitos soltos foram Antônio Miranda Silva Júnior (PMDB, da cidade de Aratuípe); Ivanilton Oliveira Novaes (PSDB, da cidade de Cafarnaum); Raimunda da Silva Santos (PSDB, da cidade de Itatim); Marcos Airton Alves Araújo (PR, da cidade de Lençóis); Everaldo Caldas (PP, da cidade de Elísio Medrado); Joyuson Vieira Santos (PSDB, da cidade de Utinga) e Agnaldo Figueiredo Andrade (PTdoB, da cidade de Santa Terezinha).
Os prefeitos estavam presos desde a última quarta-feira, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Carcará para desarticular o esquema de fraude que teria desviado pelo menos R$ 60 milhões de verbas públicas, em 21 cidades do interior da Bahia. Na ocasião, agentes da PF realizaram também mandados de busca nas prefeituras, apreendendo documentos.