'Pra que isso?': empresário morto durante briga questionou tiros após ser baleado

Marcelo foi morto em frente ao Wyndham Rio Barra, que funciona como um hotel e apart-hotel.

Marcelo dos Anjos Abitan da Silva | Reprodução
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Testemunhas que presenciaram a discussão entre o policial civil Raphael Pinto Ferreira Gedeão e o empresário Marcelo dos Anjos Abitan da Silva narraram aos policiais da Delegacia de Homicídios da Capital que não eles não chegaram a ir às vias de fato, apesar de trocarem alguns xingamentos. 

Marcelo foi morto em frente ao Wyndham Rio Barra, que funciona como um hotel e apart-hotel. Um dos funcionários do estabelecimento que presenciou o crime ainda contou que quando a vítima foi atingida pelos disparos questionou o porque de ter sido baleada.

"Em nenhum momento o declarante (funcionário que prestou o depoimento) viu agressão. A vítima não chegou a agredir o autor, apenas se aproximou dele. Depois que a vítima foi baleada o declarante foi imediatamente falar com o autor do crime, pois o declarante já estava indo lá para apaziguar, mas não deu tempo. O declarante disse ao autor do crime: "pô, irmão desnecessário. Não precisava disso" (...) O declarante tentou socorrer a vítima que ainda respirava e lembra que a vítima ao ser baleada dizia : "pra que isso? pra que isso?", disse o funcionário do hotel em depoimento.

O crime aconteceu por volta das 2h50 da madrugada de domingo (19), no Wyndham Rio Barra, na Avenida Lúcio Costa. Marcelo, morador da Tijuca, na Zona Norte, estava hospedado com a família no hotel para aproveitar o final de semana, prolongado pelo feriado de São Sebastião. Segundo parentes, ele estava voltando do trabalho, quando chegou no local e não pôde entrar porque havia um carro bloqueando a passagem.

Em gravações de câmeras de segurança, entregues à Delegacia de Homicídios, é possível ver Marcelo e o policial, ainda não identificado, discutindo na calçada, próximo à cancela da garagem. Ambos aparecem exaltados, apontando dedos em riste. 

Em determinado momento, ao perceber o empresário se aproximando, o agente saca uma pistola e ordena que ele se afaste. No entanto, o homem permanece firme e avança, a passos curtos, em direção ao policial, que, de repente, dispara na barriga dele.

Marcelo coloca rapidamente a mão na ferida, grita e sai correndo. Ao se virar de costas, ele leva mais dois tiros. A gravação continua, mas mostrando apenas o policial, que continua armado e gritando com alguém que parece ser funcionário do hotel.

O funcionário que presenciou os fatos contou aos policiais que, após os tiros, o policial mandou os funcionários chamarem a polícia, entrou no carro e fugiu.


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