Policial que matou família citou motivação de crimes em áudio; escute!

Comandante-Geral da PMPR disse que motivação do crime seria o fato de que Fabiano não aceitava o fim do relacionamento com Kassiele

PM matou família e depois cometeu suicídio no Paraná | Divulgação
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O policial militar Fabiano Junior Garcia, que matou a própria família (esposa, filhos, enteada mãe e irmão), além de dois jovens, na noite desta quinta-feira e madrugada de sexta-feira, enviou um áudio por mensagem explicando os crimes, cometidos nas cidades de Toledo e Céu Azul, no Paraná.

Segundo o Coronel Hudson Leôncio Teixeira, Comandante-Geral da PMPR, a motivação do crime seria o fato de que Fabiano não aceitava o fim do relacionamento com Kassiele, de 28 anos.

"Ele mandou áudios para familiares e amigos, explicando a situação, o que deu a entender, como fator de motivação para toda essa tragédia, foi a separação dele, que não estava aceitando a separação", disse  Hudson Leôncio Teixeira. 

As vítimas são a esposa Kassiele, de 28 anos; o filho Miguel, de 4 anos; a filha Kamili, de 9 anos; a enteada Amanda, de 12 anos; a mãe Irene, de 78 anos; e o irmão Claudiomiro, de 50 anos; além dos jovens Kaio, de 17 anos e Luiz, de 19 anos. Por fim, Fabiano cometeu suicídio. 

— Família, me desculpa, me desculpa, me desculpa, mas eu não ia conseguir viver sem a Kassiele. Me desculpa. Ela já não estava mais suportando muito o jeito que eu lidava com ela, não estava mais suportando se eu ia dar atenção pra ela ou não. E ela deixou a entender que ela não fazia questão de continuar comigo. Então, se é assim, como eu me dediquei toda a minha vida pra ela e eu dediquei de todo coração mesmo, eu desisti de pensar em qualquer outra pessoa, de pensar em pular a cerca ou qualquer coisa, pra poder dar atenção, dar valor pra ela, eu entrei em um momento de depressão, entrei nesse maldito desse jogo, para mim maior válvula de escape para a depressão e me distanciei  dela. E ela se acostumou com isso. E daí agora ela disse que tanto faz, então se pra ela tanto faz, ela não quis mais ficar comigo, ela falou que possivelmente ia separar, não iria ficar comigo do jeito que eu sou, que eu sou com as coisas do meu jeito e tal, então se é assim, eu já estava querendo fazer isso mesmo, porque eu já não consigo conviver com a situação da minha mãe lá com o problema lá, eu vivo financeiramente f* — afirmou Fabiano no áudio, que foi enviado para o grupo da família no WhatsApp.  

Policial Militar matou família no Paraná 

O comandante-geral disse que está sendo aberto inquérito policial militar para apurar os fatos. De acordo com os relatos sobre como Fabiano se portou no dia anterior, Teixeira contou que ele trabalhou normalmente na quinta-feira. O PM deixou o serviço por volta das 19h e, às 23h, ligou para o cunhado. Até cerca de meia-noite, cometeu os crimes. 

A dinâmica do crime:

-O PM primeiro matou a tiros Kassiele e Amanda dentro de casa.

-Depois ele foi para a casa da mãe, Irene Garcia, onde a matou a facadas e, com arma de fogo, matou o irmão Claudiomiro.

-Nas proximidades do imóvel, matou dois pedestres: Kaio Felipe Siqueira da Silva e Luiz Carlos Becker.

-Em seguida, foi para a cidade Céu Azul, onde os outros dois filhos, Miguel e Kamili, estavam na casa de tios e os matou a tiros.

-O próximo passo foi voltar para casa onde morava com a mulher, mas não chegou a sair do carro, pois cometeu suicídio.

Por meio de nota, a Polícia Militar lamentou o caso e disse que o policial envolvido no caso não tinha registros de problemas psicológicos.

Nota da PM

"A Polícia Militar está consternada e lamenta profundamente o ocorrido nas cidades de Toledo-PR e Céu Azul-PR.

O policial militar que prestava serviços no 19º Batalhão em Toledo não tinha histórico de problemas psicológicos e atuava como motorista do Coordenador do Policiamento da Unidade.

Desde dezembro de 2020 a região conta com o apoio do programa PRUMOS, que disponibiliza atendimento psicológico aos militares, com profissionais contratados para atuar nas Organizações Policiais Militares."

 

 

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