Ferido e levado como refém em uma perseguição, um dos soldados rendidos durante um assalto em Sarandi, no norte do Rio Grande do Sul, passou de vítima a suspeito. A investigação sobre o crime ocorrido no mês passado apontou a participação do policial militar Silmar dos Santos Alves, 29 anos, no ataque a uma agência do Banco do Brasil. Ele foi preso preventivamente na quarta-feira. De acordo com o delegado Márcio Marodin, o PM passou a ser suspeito depois da análise das contas de celulares usados pela quadrilha. "Descobrimos que os telefones tinham sido habilitados em nome de pessoas abordadas pelo policial", afirmou. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora.
Segundo o delegado, o soldado teria fornecido dados ? como o número de CPF ? dessas pessoas à quadrilha. Eles ainda tiveram o cuidado de usar documentos de pessoas de fora de Sarandi, abordadas durante feira que ocorreu no município. A quadrilha responsável pelo assalto seria da região metropolitana de Porto Alegre. Em depoimento, o soldado negou envolvimento no crime.
Ele foi encaminhado ao 3º Regimento de Polícia Montada (3ºRPMon), em Passo Fundo, onde ficará à disposição da Justiça. Conforme o delegado, o inquérito deve ser concluído em 10 dias. No assalto, ele e um colega foram rendidos pelos bandidos e levados como reféns na fuga. A polícia percebeu a ação e começou uma perseguição. Os policiais reféns foram colocados no porta-malas de um carro, que colidiu com uma caminhonete, ferindo os soldados.