Policial militar da ativa executou delator do PCC em aeroporto de SP, diz Corregedoria

Gritzbach havia feito uma delação premiada ao Ministério Público, revelando nomes de envolvidos com o PCC, além de acusar policiais de corrupção.

Vinícius Gritzbach foi assassinado em novembro do ano passado | Reprodução
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A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo prendeu, nesta quinta-feira (16), 13 policiais militares suspeitos de envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Além disso, há mandados de prisão expedidos contra outros dois agentes.

Entre os detidos, está um cabo da PM, identificado como autor dos disparos que mataram Vinícius Gritzbach, delator assassinado em novembro do ano passado na saída do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Gritzbach havia feito uma delação premiada ao Ministério Público, revelando nomes de envolvidos com o PCC, além de acusar policiais de corrupção e lavagem de dinheiro para a facção criminosa.

A operação, denominada Prodotes, também tem como objetivo cumprir 7 mandados de busca e apreensão em diversos endereços na capital e Grande São Paulo.

Vinicius havia feito uma delação premiada ao Ministério Público - Foto: Leonardo Amaro/Metropoles

O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que a operação reflete o compromisso da corporação em combater desvios de conduta. “Nada ficará sem resposta. A operação de hoje reforça que a Polícia Militar não tolera desvios de conduta. Estamos combatendo o crime organizado em diversas frentes”, declarou.

A investigação que resultou na prisão do policial suspeito de matar Gritzbach teve início antes do assassinato, com uma denúncia anônima recebida em março do ano passado, que alertava para possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção. O objetivo dos vazamentos era evitar ações policiais e prejuízos ao grupo criminoso. A investigação inicial levou à abertura de um Inquérito Policial Militar em outubro, e descobriu que policiais ativos e da reserva estavam vazando informações estratégicas. Um dos principais beneficiados por esses vazamentos foi Gritzbach, que utilizava PMs para sua escolta privada, evidenciando a colaboração de agentes com o crime organizado.

O assassinato de Gritzbach foi registrado por câmeras de segurança do aeroporto, que captaram o momento em que homens encapuzados e armados com fuzis o executaram, fugindo em seguida. Um motorista de aplicativo, que estava no local, também foi atingido por um dos disparos e morreu. Dias depois, dois suspeitos de participarem da execução foram detidos por uma força-tarefa criada pelo governo paulista para investigar o caso.

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