Policiais da Delegacia de Homicídios deixam casa de Bruno após pedido de prisão

Equipes da DH estavam na porta do atleta desde as 5h.

Eliza Samudio. | Divulgação
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Os policiais da Delegacia de Homicídios do Rio deixaram o condomínio onde mora o goleiro Bruno, suspeito do desaparecimento da ex-amante Eliza Samudio.

De acordo com as primeiras informações, a delegada de Contagem (MG), Alessandra Wilke também teria chegado ao local junto com o delegado Felipe Ettore, da DH do Rio. Não há informações se Bruno estava na casa dele.

Equipes chegaram cedo

Duas equipes da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro chegaram ao condomínio onde mora o goleiro do Flamengo, Bruno, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, por volta das 5h desta quarta-feira (7). Policiais entraram na casa por volta de 8h e saíram 15 minutos depois.

A polícia aguarda uma decisão da Justiça para efetuar a prisão do atleta, suspeito no desaparecimento de sua ex-amante Eliza Samudio. A mulher, mãe de um bebê de quatro meses, que diz ser filho do jogador, está desaparecida há cerca de um mês.

O Ministério Público do Rio pediu, no fim da noite de terça-feira (6), a prisão temporária de Bruno, e do amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como "Macarrão", por envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio. Segundo o MP, cabe à Justiça decretar ou não a prisão dos dois.

Um jovem de 17 anos, que foi apreendido pela polícia na casa do goleiro, prestou depoimento por mais de sete horas na terça-feira, na Divisão de Homicídios do Rio. O interrogatório pode ajudar a polícia a desvendar todo o mistério em torno do desaparecimento de Eliza.

O adolescente foi encontrado na casa do jogador na tarde desta terça-feira, após uma denúncia. O goleiro Bruno estava em casa e abriu a porta para os policiais. De acordo com a polícia, o depoimento do menor foi considerado esclarecedor, apesar dele ter entrado em contradição várias vezes. Durante o interrogatório, ele confirmou que Eliza está morta.

Segundo a polícia, o adolescente mentiu em alguns momentos. No interrogatório, de acordo com a polícia, ele contou que ajudou o Luiz Henrique Romão a levar Eliza Samudio e o bebê do Rio para o sítio do goleiro, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG).

O adolescente disse à polícia que estava escondido no banco de trás do carro. No meio da viagem, segundo ele, houve uma discussão e ele bateu na cabeça de Eliza com uma arma que pertenceria a Macarrão. O menor contou que, neste momento, ela sangrou, mas ainda estava viva.

Mais adiante, o jovem falou que Eliza estava morta, mas não revelou quem seria o assassino. A caminhonete usada por eles seria a mesma onde o teste de luminol confirmou vestígios de sangue numa das janelas. O exame de DNA, que fica pronto esta semana, vai dizer se o sangue é de Eliza.

O delegado Felipe Ettore, da Divisão de Homicídios, responsável pelo caso, pediu a apreensão do jovem ao Juizado de Menores por ter participado do sequestro da ex-amante do jogador. O menor foi detido e encaminhado para a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), no Centro, onde aguarda a decisão da Justiça se decreta ou não a apreensão dele.

Denúncia

Numa entrevista à Rádio Tupi, do Rio, um conhecido do adolescente disse ter ouvido do jovem que Bruno teria dado dinheiro a um homem identificado como Clayton para que entregasse o corpo de Eliza a um traficante.

?O Bruno contratou o cara para dar sumiço, o Clayton, para levar o corpo até o cara que ia sumir com o corpo. Aí, pagou R$ 3 mil, ?tá? entendendo? O garoto sabe também, o garoto viu aonde ?tá?. O garoto vai dar tudo. A garota foi desossada, enterraram os ossos da garota e concretaram?, disse o homem em entrevista à Rádio Tupi.

O depoimento do adolescente terminou no fim da noite de terça-feira e o promotor de Justiça que acompanhou parte das sete horas e meia de interrogatório disse que as informações do adolescente no depoimento parecem consistentes: ?A versão dele é crível, a versão dele é razoável?, disse.

A Polícia Civil do Rio vai repassar todos os detalhes colhidos no depoimento para a polícia de Minas Gerais. Segundo a polícia, é a partir do confronto do que diz esta testemunha com as evidências colhidas até aqui, que os investigadores esperam estabelecer o que aconteceu com Eliza Samudio.

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