Policiais estão envolvidos no sumiço de grávida, diz polícia

Dois policiais civis da região devem se apresentar ainda nesta manhã.

Policiais estão envolvidos no sumiço de grávida, diz polícia | Reprodução
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A polícia cumpre mandados para prender suspeitos de envolvimento no desaparecimento da estudante Roberta Dias, grávida de três meses, que sumiu no dia 11 de abril do ano passado, depois que saiu de casa para ir a uma consulta médica, no centro da cidade de Penedo, na região do Baixo São Francisco, em Alagoas. Uma operação da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) acontece na manhã desta sexta-feira. Dois policiais civis que trabalhavam na região são suseitos do caso e devem se apresentar nesta manhã.

Roberta, na época com 18 anos, foi vista pela última vez em um ponto de ônibus depois de deixar uma unidade de saúde. Alguns dias antes de sumir, ela havia revelado aos pais que estava grávida. Após o seu desaparecimento, um adolescente de 17 anos foi investigado porque testemunhas contaram que seria o pai do bebê que a estudante esperava. Ele e a família teriam pressionado Roberta para que fizesse um aborto, mas, segundo a polícia, ele disse em depoimento que mudou de ideia e que assumiria o filho após exame de DNA.

As investigações da polícia apontaram os policiais civis Gledson e Idalino, lotados em Coruripe e Arapiraca. Os dois, ainda de acordo com as investigações, teriam participado da execução da jovem. Também foi preso um homem conhecido como ?Dido Son? e, há alguns dias, outro conhecido por ?Neguinho do Pedro Melo?.

De acordo com a Polícia Civil, ?Dido Son?, seria o dono do carro que levou a Roberta no dia que ela desapareceu. A polícia ainda não divulgou qual a participação dos policiais na suposta morte, apenas confirma que eles são suspeitos. Apesar da polícia acreditar que a jovem está morta, o corpo não foi encontrado.

Caso Roberta Dias passou para a Deic há 5 meses

Desde que Roberta desapareceu, a família divulga fotos com apelos nas redes sociais para descobrir seu paradeiro. Até uma recompensa foi oferecida para quem pudesse dar alguma pista. A mãe da jovem contou que chegou a fazer dois exames de DNA para serem comparados ao material genético de corpos que tinham características semelhantes à Roberta.

Durante as investigações sobre o desaparecimento, a polícia interrogou o namorado da jovem, um adolescente de 17 anos na época. Testemunhas contaram que ele e a família teriam pressionado Roberta para que fizesse um aborto, mas, segundo a polícia, ele disse em depoimento que mudou de ideia e que assumiria o filho após exame de DNA.

A polícia apreendeu os computadores usados pela estudante e o namorado, além de pedir a quebra do sigilo telefônico da jovem. O delegado Rubens Natário, titular de Penedo, ficou responsável pelo caso até março deste ano, quando ele foi encaminhado para a Deic, que também estava responsável pela análise do material.

O delegado disse, na época, que o caso foi encaminhado para a Deic por causa da falta de estrutura da delegacia distrital. Segundo ele, as investigações não apontaram pistas para o desaparecimento. Por isso, a análise do computador e das ligações telefônicas seriam importantes, mas a estrutura da delegacia não iria permitir que o caso tivesse a atenção necessária.

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