A Polícia Militar vai investigar a conduta do PM que acabou matando um policial civil durante uma confusão em um bar em São José do Rio Preto (SP), na madrugada deste sábado (3). A arma usada pelo policial militar pertence à corporação.
“O policial militar ainda é alvo de investigação, toda situação criminal é investigada. Há indícios de que o PM agiu em legítima defesa, mas uma vida se foi, houve uma morte. Isso requer uma análise detalhada para que todos respondam pelos atos que cometeram”, afirma o capitão da Polícia Militar Rafael Helena.
O policial militar Luís Carlos Fragoso, de 52 anos, foi ouvido no sábado no fórum de Rio Preto, durante uma audiência de custódia, e depois liberado. A Justiça entendeu que ele agiu em legítima defesa ao atirar contra Eduardo Teixeira Moreno, de 27 anos, policial do Instituto de Criminalística do Estado.
O crime aconteceu por volta da 1h30 de sábado, em frente a um bar na avenida Murchid Homsi, no bairro Vila Ercília. Eduardo morava ao lado e, no boletim de ocorrência, testemunhas disseram ele parou de moto em frente ao bar e começou a acelerar, fazendo muito barulho.
Os clientes teriam começado a aplaudir, em "tom de deboche". Foi quando Eduardo teria sacado uma pistola e atirado contra um deles. Eduardo acertou um bancário, que foi baleado e levado para um hospital, mas passa bem.
O policial militar também estava no bar com amigos e familiares, de folga, mas armado. Testemunhas disseram para a polícia que ele pediu para Eduardo soltar a arma. Mas Eduardo atirou contra o policial militar, que não foi atingido.
O PM revidou e acertou um tiro em Eduardo, que morreu no local. As duas armas usadas no crime foram apreendidas pela Polícia Civil, que vai investigar o caso.