A operação "Amigos do Rei", deflagrada na manhã desta quinta-feira (8), que apura possível fraude em um concurso público da cidade de Baixio, no interior do Ceará, cumpre em Teresina mandados de prisão preventiva contra Dirceu Iglesias Cabral Filho, Tiago Lima Iglesias Cabral e Diego Lima Iglesias Cabral. De acordo com o Ministério Público do Ceará (MPCE), os três são ligados à Consultoria e Estudos Pedagógicos (Consep), empresa responsável pela realização do concurso público em investigação.
O presidente da Câmara dos Vereadores do município de Baixio, Raimundo Amaurílio Araújo Oliveira, e o ex-vereador da cidade Francisco Bernardo dos Santos também foram presos. Os mandados foram cumpridos no município de Baixio e na cidade de Teresina/PI.
Segundo o portal G1/CE, além dos mandados de prisão, os agentes também fazem busca e apreensão nos endereços dos envolvidos. Segundo o MPCE, na Sede da Consep, foram encontradas anotações sobre o concurso com notas de candidatos diferentes dos resultados publicados. O órgão ministerial apresentou denúncia contra todos os envolvidos.
Tres pessoas foram presas no Piauí. Segundo o delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada, as equipes policiais ainda estão trabalhando em apoio aos policiais do Estado do Ceará. "É uma grata satisfação poder ajudar no que nos for solicitado", explicou o delegado.
Denúncias apresentadas:
- Raimundo Amaurílio Araújo Oliveira: falsidade ideológica qualificada em continuidade delitiva, fraudes em certames de interesse público qualificado, peculato, prevaricação, advocacia administrativa e usurpação de função pública qualificada.
- Francisco Bernardo dos Santos: frustração do caráter competitivo de licitação, falsidade ideológica qualificada em continuidade delitiva, supressão de documento público, fraudes em certames de interesse público qualificado e usurpação de função pública qualificada.
- Dirceu Iglesias Cabral Filho, Tiago Lima Iglesias Cabral e Diego Lima Iglesias Cabral: associação criminosa, falsidade ideológica qualificada em continuidade delitiva, supressão de documento público e fraudes em certames de interesse público qualificado. Dirceu Iglesias ainda responderá por frustração do caráter competitivo de licitação.
Para o promotor de Justiça João Eder Lins dos Santos, que responde pela Promotoria da região, “apesar de ter a obrigação de guardar os documentos relativos ao concurso, como folhas de respostas, os denunciados destruíram as provas para prejudicar o andamento das investigações".
Apesar disso, o promotor considera que "a documentação apreendida é farta e o teor das conversas entre os denunciados não deixam dúvidas quanto à completa manipulação do resultado do certame”.
As informações são do G1/CE