A Polícia Civil investiga a morte de um recém-nascido, cujo corpo foi encontrado no meio de um canavial em Fernando Prestes (SP). O caso ocorreu na sexta-feira (5). Um casal que mora no sítio onde o bebê foi encontrado disse ter visto o momento em que a mulher deixou o local em uma moto.
A dona de casa Berenice Aparecida dos Santos contou que a suspeita não demonstrou nervosismo ao ser abordada: “Ela não falou nada, só perguntou se eu já tinha mudado. Ela tinha uma bolsa nas costas, normal. Ela estava de moto, sozinha, conversando normal”, relembrou.
A sogra, que prefere não se identificar, diz que a mulher escondeu a gravidez da família e que ela e o filho nunca suspeitaram da gestação.
Viviane de Souza Silva, de 35 anos, fugiu após o crime. Um laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que a criança foi morta após o nascimento. O delegado Claudemir Aparecido da Silva, que chefia a investigação do caso, disse que vai pedir a prisão da suspeita.
“Ela sempre foi acima do peso e ela trabalhava normalmente. Não demonstrou para ninguém, não contou para ninguém. Ninguém nunca imaginou”, disse a sogra.
“Quando eu fui abrir o portão, ela estava escondida atrás do muro, descalça, suja. Eu falei ‘Gente, o que aconteceu?’ E ela disse ‘Acabei com a minha vida’. Quando ela falou que era um aborto, eu achei que era de um mês, um mês e meio”, relembra a sogra.
O filho de Viviane, Cleber Sinval Turbiani, também afirmou que a mãe nunca demonstrou e nem apresentou sintomas de gravidez. O jovem contou que, quando não estava trabalhando, a mãe sempre estava com o marido, e que o casal tinha uma boa relação: “Ela trabalhava, trabalhava muito. Não sei como ela foi fazer isso. Não tenho o que falar dela. Eu trabalho à noite, então ela sempre arrumou minhas coisas. Eu vou para a escola, e ela sempre arrumou minhas coisas. A gente não está acreditando nisso”, disse.