A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (4) um suspeito de ter ligação com o esquartejamento de um homem em São Paulo. Segundo a polícia, o detido seria o homem flagrado por câmeras de segurança do bairro de Higienópolis carregando um carrinho de feira com membros e o tronco.
Um retrato computadorizado que ajudou na prisão do suspeito foi divulgado na quinta-feira (3). A imagem foi produzida a partir de cenas de vídeos registrados por câmeras de segurança de prédios da região.
Até por volta das 20h, o detido estava sendo interrogado pelo delegado do 5º Distrito Policial. Ele deve ser transferido ainda nesta noite para a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A princípio o suspeito negou envolvimento no caso do esquartejamento, mas, de acordo com o que policiais informaram ao G1, ele acabou confessando ter descartado o corpo.
Ele teria afirmado que foi abordado por uma pessoa que pediu para que levasse uma sacola e ofereceu R$ 30 pelo ?serviço?. Ele disse aos policiais que desconhecia o conteúdo da mala.
Hipóteses
Até a prisão do suspeito, a principal linha de investigação avaliada pela polícia é que o homem que teve o corpo esquartejado tenha sido vítima de uma vingança, com a participação de várias pessoas.
A família de um desaparecido, de 50 anos, procurou a polícia na segunda-feira (31). Os parentes disseram que ele desapareceu em 22 de março. Um dia depois, partes de um corpo foram encontrados em Higienópolis.
A família já fez exames de DNA para ajudar na identificação do corpo e deu à polícia pistas do que pode ter provocado a morte.
Na sede do DHPP, os parentes viram a foto da reconstituição feita por computador da cabeça deixada por um homem no meio da Praça da Sé, na última quinta-feira (27). A imagem ainda não foi divulgada.
Segundo a polícia, a família apontou que há semelhanças com o desaparecido e por isso concordou em fazer o exame de DNA.
A família também contou para a polícia que o homem se encontrava com uma mulher, no Centro da cidade, e que tinha decidido acabar com o relacionamento. Os parentes suspeitam que a mulher, inconformada com o fim dos encontros, possa ter encomendado o assassinato e armado uma emboscada para se vingar dele. Ela ainda não foi identificada.
A polícia procura outros dois suspeitos: o que foi visto puxando um carrinho de feira em Higienópolis e o que aparece em gravações do sistema de videomonitoramento da GCM deixando a cabeça na Praça da Sé.
Pela comparação dos cortes e pelo tipo sanguíneo, o Instituto Médico-Legal (IML) já concluiu que a cabeça e o corpo são da mesma pessoa. Falta só o exame de DNA.
Os exames que vão revelar se a vítima é o parente desaparecido da família que cedeu material genético devem ficar prontos em 20 dias.
Quem tiver informações sobre algum suspeito de ter cometido o crime pode ligar para o Disque-Denúncia, no número 181. Não é preciso se identificar.