A polícia não descarta responsabilizar o atendente Anderson Mamede, 20 anos, namorado de Maria Teresa Peregrino, 21 anos, como coautor da morte do estudante da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Denis Casagrande, 21 anos, em uma festa na universidade, no último dia 21. Os dois estão presos, depois que a Justiça determinou a prisão preventiva de ambos.
Segundo o delegado Rui Pegolo, titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de Campinas (SP), a polícia investiga mais detalhes da ocorrência e pretende apurar qual a responsabilidade do rapaz, já que ele teve um corte de faca na perna direita e depois teria dito à polícia que se cortou, simulando um ataque da vítima.
Ao alegar legitima defesa, a moça falou que o universitário a assediou. Já o rapaz declarou que agrediu Denis Casagrande com um skate.
Pegolo disse que aguarda os laudos do Instituto Médico Legal (IML) que deve sair nesta semana. O pedido da preventiva do casal é para que ambos não atrapalhem as investigações. O delegado quer conversar com testemunhas sem a interferência dos dois envolvidos no caso e ter clareza da participação da moça no golpe que resultou na morte de Casagrande.
Ainda nesta semana pode ser realizada uma reconstituição do crime que ocorreu na praça do Ciclo Básico 2, em frente da Biblioteca Central da Unicamp. A festa convocada por uma rádio comunitária, e não reconhecida pela universidade, reuniu quase 3 mil pessoas, segundo as testemunhas.
O representante de Maria Teresa, o advogado Rafael Augusto Pompermayer Ayres, disse que pretender recorrer e pedir um habeas-corpus para a sua cliente. Já Mamede não constituiu advogado e a Justiça iria nomear um defensor público para ele.
Nesta segunda-feira, dois homens e uma mulher foram ouvidos como testemunhas pelo delegado. Pegolo disse que as pessoas que devem depor, que não tiveram as identidades reveladas, devem contribuir nas investigações do caso.