Polícia pede que suspeito de assassinar Pedrinho Matador seja preso

Morto a tiros em março deste ano, polícia pede que seja preso homem identificado como responsável por matar serial killer.

Pedrinho Matador durante entrevista na prisão | Reprodução - Foto: Divulgação
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Na tarde desta segunda-feira (05), a exatos três meses após sua morte, a Polícia Civil de Mogi das Cruzes pediu a prisão, que já foi decretada pela Justiça, para o suspeito que foi identificado como um dos responsáveis por assassinar o maior serial killer do país, Pedrinho Matador. O crime ocorreu em Mogi das Cruzes, São Paulo, onde o ex-detento foi morto a tiros e, em seguida, degolado. 

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No dia 05 de março, por volta de 09:50 da manhã, o homem foi abordado na calçada de uma casa por dois criminosos, quando estava sentando em uma cadeira. Segundo informações da polícia, um homem com uma máscara do palhaço do personagem Coringa atingiu Pedrinho com ao menos quatro tiros de pistola, e em seguida, o cúmplice, que usava uma máscara cirúrgica, degolou o serial killer usando uma faca de cozinha. Os dois fugiram logo em seguida em um Volkswagen Gol, dirigido  por um terceiro criminoso.

De acordo com informações da Polícia Civil paulista, responsável pelo caso, os muitos assassinatos e crimes que Pedrinho havia cometido no decorrer da vida, acabaram dificultando muito o processo da polícia na busca pelos envolvidos no assassinato, partindo do presuposto de que o homem deveria ter muitos inimigos. Registrado na certidão como Pedro Rodrigues Filho, o chamado Pedrinho Matador tinha 68 anos quando foi morto. Estava em liberdade desde 2018, após cumprir uma pena de 42 anos de prisão ao ter sido condenado por cerca 71 homicídios, iniciados nos anos 70.

O delegado responsável pelo caso, desde a morte do serial killer, Rubens José Ângelo, titular do Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa da cidade da região metropolitana, afirmou em entrevista ao Metrópole, que além de conseguir identificar um dos prováveis assassinos, a motivação para o assassinato já foi esclarecida. O responsável pelo homicídio ainda não foi preso, e a identidade dos dois comparsas que o acompanhavam ainda está sob investigação. O delegado Rubens também relatou que na época do crime, a “única certeza” que se tinha até aquele momento era de que morte de Pedrinho Matador havia sido uma execução, por causa das características presentes na hora do assassinato.

Nascido em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, no ano de 1954, Pedro Rodrigues Filho nasceu com uma rachadura no crânio em razão dos chutes que a mãe recebia do pai durante a gestação. O primeiro crime de Pedrinho foi quando ele tinha 13 anos e afirmou em depoimento que empurrou um primo no moedor de cana e depois o picou com um facão.

Após cometer os primeiros homicídios, o garoto acabou fugindo para Mogi das Cruzes (SP), onde ficou conhecido na cidade por roubar bocas de fumo e matar pessoas relacionadas ao tráfico. Pedrinho Matador só foi preso com 18 anos de idade em 1973, onde, na época, acabou sendo condenado a 128 anos de prisão. Apesar disso, foi durante sua estadia no sistema penitenciário que ele cometeu a maior parte dos assassinatos. Ele afirmava que só matava pessoas que "não prestavam", e tinha uma conduta própria para crimes, afirmou também em uma das várias entrevistas, que nunca matou mulheres, pais de família ou crianças. 

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