Polícia pede prorrogação de prisão de mãe e padrasto do menino Joaquim

Se a Justiça aceitar o pedido, o casal deve ficar mais 30 dias detido para que a investigação seja concluída.

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O delegado Paulo Henrique Martins de Castro pediu, na quinta-feira (5), a prorrogação da prisão temporária da mãe e do padrasto de Joaquim Ponte Marques, de três anos, morto há um mês em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Natália Mingoni Ponte e de Guilherme Longo estão presos desde o dia 10 de novembro, quando o corpo da criança foi encontrado no rio Pardo, em Barretos, também interior paulista.

De acordo com o delegado, a solicitação foi feita porque a polícia ainda não recebeu os laudos da perícia, que podem comprovar como o menino foi morto e se o casal tem participação no crime. Se a Justiça aceitar o pedido, o casal deve ficar mais 30 dias detido para que a investigação seja concluída.

Castro disse ainda que acredita que o menino tenha morrido após receber uma dosagem maior de insulina, medicamento usado no tratamento de diabetes. Os policiais suspeitam que depois o padrasto tenha jogado o corpo de Joaquim no rio.

Insulina

Imagens gravadas polo circuito de segurança de uma farmácia reforçam a hipótese da polícia de que Joaquim morreu após receber dose excessiva de insulina. As câmeras registraram o padrasto, Guilherme Longo, comprando o medicamento dias antes da criança desaparecer de casa.

Nesse dia, Longo pediu à farmacêutica uma caixa de cinco ampolas de insulina, quantidade para dois meses de tratamento. Joaquim havia recebido o diagnóstico de diabetes havia pouco tempo. O padrasto também comprou uma caneta para aplicação do remédio. As imagens foram registradas no dia 15 de outubro, 20 dias antes do desaparecimento do menino.

Em depoimento à polícia, o padrasto disse que também fazia as aplicações no menino quando era necessário. Para justificar o sumiço de um dos frascos, Guilherme Longo contou que aplicou de uma só vez, no próprio corpo, 30 doses de insulina para conter uma crise de abstinência. Ele é usuário de drogas.

Homenagem

Parentes de Arthur Paes, pai biológico do menino, organizaram, na quinta-feira (5), um ato pacífico em frente à casa onde Joaquim morava, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. A população rezou, acendeu velas, colocou novos cartazes e percorreu o trajeto do imóvel até o córrego onde a vítima teria sido atirada. Eles levaram uma criança com uma pomba branca, como forma de simbolizar a paz. A homenagem acontece um mês após o desaparecimento do menino.

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