Parentes e o porteiro do condomínio onde morava a dona de casa Geralda Lúcia Guabiraba, de 54 anos, encontrada morta no sábado (14) em Mairiporã, na Grande São Paulo, com o rosto desfigurado, sem os olhos e sem a pele do rosto, serão ouvidos oficialmente pela Polícia Civil nesta terça-feira (17). A polícia também vai pedir a quebra do sigilo telefônico e da internet usada no computador da vítima. Os depoimentos vão acontecer em local não divulgado pela polícia, a pedido da família.
Parentes disseram à polícia, no entanto, que os últimos números que constam do celular dela são de pessoas conhecidas. Tanto o aparelho celular quanto o computador utilizada por Geralda serão enviados nesta terça-feira ao Instituto de Criminalística, em São Paulo, para ser periciados.
A mulher saiu sozinha de sua casa às 23h30 de sexta-feira (13). A Polícia Civil já teve acesso às imagens das câmeras de segurança do edifício onde ela morava, em Mairiporã, na Grande São Paulo. Policiais responsáveis pelo caso dizem que o crime pode ter relação com um ritual de magia negra ou com vingança. Inicialmente, a polícia trabalhava apenas com a hipótese de o assassinato ter sido cometido em um ritual, já que o corpo foi encontrado com um ferimento profundo no pescoço, em um local conhecido como Pedra da Macumba, na altura do km 8 da Estrada de Santa Inês.
?Existe a possibilidade de vingança, mas isso vai depender do depoimento de familiares e do que eu conseguir no computador?, disse a delegada Cláudia Patrícia Dalvia, titular da delegacia central de Mairiporã. Ela se negou a dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações.
Nesta manhã, Cláudia voltou a afirmar que a dona de casa era ?pacata e recatada?. A mulher era casada com José Pereira Guabiraba, diretor comercial do Grupo Estado.
Até esta manhã, a Polícia Civil não tinha recolhido nenhum depoimento formal. Familiares e o porteiro do prédio vão ser ouvidos nesta terça-feira (17), mas em local não divulgado, para evitar o contato deles com a imprensa.
A Polícia Civil também vai solicitar as imagens de uma câmera da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que está no trajeto entre a casa da vítima, na Zona Norte de São Paulo, e o local do crime.