Polícia investiga se desaparecida foi morta por viciado em sexo

Otávio Cardoso da Silva Neto, de 25 anos, é o principal suspeito no crime.

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A Polícia Civil de Alagoas investiga o desaparecimento e assassinato da estudante de Contabilidade Bárbara Regina, de 21 anos, que foi vista pela última vez na saída de uma boate no bairro de Ponta Verde, em 31 de agosto, acompanhada de um homem.

Segundo a PC, Otávio Cardoso da Silva Neto, de 25 anos, é o principal suspeito no crime. Depoimentos de testemunhas e as imagens das câmeras de segurança da boate mostram que Otávio é o homem que deixou a boate acompanhado da garota.

Uma das câmeras, localizada na entrada do estabelecimento, registrou Otávio chegando às 23h37 e depois deixando o local acompanhado da vitima. Na filmagem eles saem juntos às 03h09. São as últimas imagens da estudante ainda viva.

A partir daí, começou um ritual macabro. De acordo com a polícia, Otávio levou a estudante ao seu carro, em direção a um canavial. No local, ele estrangulou a jovem e, logo depois, matou Bárbara a facadas. Em seguida, ligou para um amigo contando os detalhes do crime. Depois, lavou o carro para retirar a lama do veículo e os vestígios de cana de açúcar.

"Ele disse que, inicialmente, enforcou Bárbara até deixá-la desacordada. Em seguida, deferiu vários golpes contra a vítima com um punhal que estava guardado dentro de seu carro", contou o delegado Antônio Nunes, classificando Otávio com um perfil "psicopata".

Também é investigada a participação de Otávio em um assassinato e um estupro no interior de Alagoas. E a relação dele com Ítalo Bruno- jovem preso na semana passada acusado de ser um dos maiores ladrões de carros de Maceió.

Otávio ainda roubou o celular de Bárbara. O chip do celular dele foi localizado no celular dela, um dia após o desaparecimento da estudante.

Para chegar a estas conclusões, a PC quebrou o sigilo telefônico da estudante. E, em operação de busca e apreensão na casa de Otávio, na rua Dias Cabral, no Centro da capital alagoana, havia um sapato sujo de lama- reforçando a tese de que ela tenha sido morta em um canavial. Buscas são feitas desde a semana passada em várias áreas do Estado. Familiares da estudante fazem campanha na rede social Facebook e desconfiam que o acusado tenha fugido para o Mato Grosso.

"Mensagem para um criminoso: Já não estamos aguentando mais! A cada dia que passa o coração vai ficando cada vez mais apertado... Por isso, peço em nome de toda a minha família, que se você fez algo com a Barbara Regina, por favor, pelo menos avise onde se encontra o corpo!", escreveu a família, no Facebook. A 10ª Vara Criminal da Capital expediu mandado de prisão contra o acusado.

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