Polícia investiga morte de jovem por um tiro de fuzil dentro da Vila Kennedy

Testemunhas acusam PMs por morte de Alex Sander da Silva Ramos

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A Polícia Civil investiga a morte de um rapaz de dezoito anos que morreu após ser baleado perto da Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio, na madrugada de domingo (23), conforme mostrou o Bom Dia Rio nesta segunda-feira (24). De acordo com testemunhas, Alex Sander da Silva Ramos, de 18 anos e um amigo - que ficou ferido, foram atingidos por disparos feitos por PMs.

No domingo, um grupo de moradores fez um protesto e fechou a Avenida Brasil duas vezes. Durante a manifestação, um ônibus da Viação Expresso, que seguia para Duque de Caxias, foi queimado. O fogo atingiu a rede elétrica e parte da comunidade ficou sem luz. Barricadas foram montadas nas vias de acesso à comunidade.

Testemunhas contaram que ele e um amigo voltavam de uma festa, por volta das 4h. Segundo os relatos, quando passavam de moto, perto da Vila Kennedy, foram abordados por policiais militares. Moradores dizem que os dois jovens não pararam e foram baleados pelos PMs. Parentes de Alex já foram ouvidos. Mas o amigo da vítima, também ferido, ainda não prestou depoimento porque está muito abalado.

Os PMs negam que tenham atirado nos ocupantes da moto. Eles dizem que, quando chegaram ao local, os jovens já estavam caídos no chão.

De acordo com a Polícia Militar, a PM faz ocupação permanente na Vila Kennedy. A Polícia Civil informou que as armas dos policiais envolvidos no caso não foram recolhidas porque não existe registro sobre ocorrência.

Região violenta

Na semana anterior à morte de Alex, traficantes de facções rivais entraram em confronto na região. Um ônibus que seguia em direção ao centro foi queimado. A Avenida Brasil foi parcialmente fechada por barricadas perto da Favela da Metral. O comércio e as escolas fecharam as portas. Cinco mil e quatrocentos alunos ficaram sem aula.

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