Polícia indicia dez pessoas por estupro coletivo e homicídios

Para delegada, todos os detidos sabiam que estupros iriam acontecer.

O caso ocorreu na Paraíba. | Reprodução/TV Globo
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A Polícia Civil da Paraíba indiciou por estupro e homicídio os dez suspeitos de envolvimento nos abusos sexuais de cinco mulheres e mortes de duas ocorridos há dez dias em uma festa em Queimadas, município do Agreste paraibano. A delegada de Homicídios de Campina Grande, Cassandra Duarte, explicou nesta quarta-feira (22) que todos foram indiciados porque sabiam que os estupros iriam acontecer e participaram do ato. O caso foi tema de uma reportagem especial do Fantástico no domingo (19).

Segundo ela, o inquérito foi concluído e será encaminhado ainda na tarde desta quarta-feira ao fórum de Queimadas. Depois que o documento for entregue à Justiça, o Ministério Público Estadual deverá decidir se oferece denúncia contra os sete adultos que estão presos e os três adolescentes detidos.

Na sexta-feira (17), o promotor Márcio Teixeira fez uma audiência com os três menores de idade para esclarecer a participação de cada um no crime e declarou que eles podem responder por três crimes: homicídio, estupro e porte ilegal de arma. Segundo ele, todos os adolescentes confessaram envolvimento no crime e nos atos sexuais.

Já entre os adultos presos, a Polícia Civil divulgou que dois irmãos são apontados como mentores dos estupros. Um deles confessou apenas ter estuprado as mulheres presentes na festa e diz não saber quem matou as duas mulheres. O outro, segundo Cassandra Duarte, nega toda a história relatada pelos demais presos e mantém a primeira versão de que sua casa teria sido invadida por assaltantes durante a festa e que os supostos criminosos teriam violentado as convidadas.

Os três adolescentes estão abrigados provisoriamente no Lar do Garoto, em Lagoa Seca. Já os sete adutos estão detidos no presídio de segurança máxima PB1, em João Pessoa. Depois de passar um período de cinco dias em reconhecimento em uma cela isolada, eles foram levados na segunda-feira para uma cela especial, mas ainda não estão em convívio com os demais presos.

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), apenas após autorização judicial eles poderão ser encaminhados às celas comuns. A decisão ainda não saiu devido ao recesso do Tribunal de Justiça durante o Carnaval.

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