Polícia Federal prende golpista do 8 de janeiro que estava foragido na Argentina

O acusado foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 17 anos de prisão pelos crimes praticados no ato antidemocrático do 8 de janeiro de 2023.

Imagem mostra o ato antidemocrático de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, no Distrito Federal | FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A Polícia Federal (PF) informou nesta segunda-feira (11) que prendeu Moacir José dos Santos no último sábado (9). Ele é um dos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 que estava foragido na Argentina.

Segundo a PF, Moacir José estava foragido desde abril deste ano, mas foi preso ao retornar ao Brasil, na cidade de Cascavel (PR) e ficará detido na cadeia pública da cidade. A operação foi liderada pelo Grupo de Capturas da Polícia Federal de Cascavel, que, ao receber informações sobre a presença do foragido na cidade, mobilizou uma ação coordenada. A ação contou ainda com o apoio da Guarda Municipal de Cascavel.

Moacir José dos Santos | FOTO: Reprodução/ Redes sociais 

CONDENAÇÃO

O acusado foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a cumprir 17 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

Além da pena, Santos deverá pagar uma multa estimada em R$ 30 milhões, em conjunto com outros condenados, por danos morais coletivos causados pelos atos de vandalismo e violência.

EXTRADIÇÃO

No mês de outubro, o ministro Alexandre de Moraes determinou a extradição de investigados pelos atos golpistas que estão foragidos no exterior. A medida do ministro envolve cerca de 60 brasileiros que fugiram para a Argentina após romperem as tornozeleiras eletrônicas e o blogueiro Oswaldo Eustáquio, que está na Espanha.

A tramitação dos pedidos de extradição é longa e não há previsão para que os acusados sejam presos e enviados ao Brasil. Os pedidos de extradição foram feitos ao ministro Alexandre de Moraes pela Polícia Federal. 

Após a autorização da medida, os processos seguiram para o Ministério da Justiça e o Ministério das Relações Exteriores. Caberá à diplomacia brasileira e ao ministério realizarem os trâmites internacionais do caso.

O STF já condenou mais de 200 envolvidos no 8 de janeiro.

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