No primeiro dia de férias, a dificuldade para tirar passaportes - que começou há dois meses com um apagão no sistema da PF (Polícia Federal) - persiste no país. Em São Paulo, o problema continua sendo a falta de datas disponíveis nos oito postos de atendimento, incluindo a Superintendência da PF, responsável pela metade dos quase 2.000 atendimentos diários do órgão.
O consultor de empresas Marcelo de Moura, de 48 anos, tenta há um mês conseguir horário em qualquer um dos postos. O passaporte é para o filho de 16 anos, que vai fazer intercâmbio em setembro de 2011 e já adianta os trâmites da viagem.
- Queria fazer tudo com antecedência, mas não tem jeito. Para emitir o boleto de pagamento é uma rapidez só. A guia fica paga, e você continua sem o documento.
Ele se queixa de ter ligado no 0800 da PF e escutado a orientação padrão: entrar no site várias vezes ao dia até achar uma vaga.
Três meses
No Rio de Janeiro, até ontem, havia vagas em dois dos quatro postos de atendimento, mas a data mais próxima era fevereiro de 2011. Foi a data agendada pela arquiteta Isabelle Arkan, de 28 anos.
- Tinha planos de viajar em janeiro, mas só vou ter passaporte em março.
Procurada, a chefe do setor de passaportes do Rio não foi encontrada.