Polícia faz operação para prender envolvidos com jogo Baleia Azul

O preso confessou aos policiais que era um dos “curadores” do jogo.

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou na manhã desta terça-feira (18) uma operação no Rio de Janeiro e em outros oito estados contra o jogo da Baleia Azul, uma corrente que tenta induzir virtualmente seus participantes, a maioria menores de 16 anos, ao suicídio através de 50 desafios. Uma pessoa foi presa. Matheus Silva, de 23 anos, foi preso pelos agentes na favela Nova Era, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele confessou aos policiais que era um dos "curadores" do jogo.

Sob comando da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), são 24 mandados de busca e apreensão no Amazonas, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe, além de um mandado de prisão a ser cumprido no Rio de Janeiro.

Às 8h50, os policiais já haviam apreendido telefones celulares e computadores em todos os estados onde a ação foi realizada. Os agentes vão avaliar o material apreendido, que vai ajudar a identificar os outros curadores do Baleia Azul. São 24 equipes de agentes em 20 município de todo o país, com pelo menos 3 agentes em cada. Assim, são pelo menos 72 policiais envolvidos.

O jogo da Baleia azul não existe oficialmente. Não há um site ou coisa assim. É uma iniciativa de criminosos que usam as redes sociais para impor desafios macabros a crianças e adolescentes. Um grupo de organizadores, chamados "curadores", propõe uma sequência de missões que envolvem isolamento social, automutilação e suicídio.

Segundo a Safernet (associação que combate violação de direitos humanos na internet), ele surgiu de uma notícia falsa na Rússia que se espalhou a partir de 2015. Desde abril, a DRCI investiga várias pessoas que estariam relacionadas aos crimes envolvendo o Baleia Azul.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Alexandre Abrahão, da 1ª Vara Criminal, e o objetivo é identificar e prender supostos "curadores" do jogo, que chegou a causar ferimentos em vítimas no Rio e tem ligação suspeita com casos no Mato Grosso e na Paraíba. Algumas vítimas, ao tentarem deixar o jogo, são ameaçadas por essas pessoas.

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