A Polícia Civil faz uma acareação entre dois presos com o objetivo de esclarecer um suposto plano para matar envolvidos no inquérito e no processo sobre desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno. Marcos Aparecido dos Santos, de apelido Bola e réu no processo, e Jailson Alves de Oliveira vão ser ouvidos nesta quarta-feira (28) em Belo Horizonte.
Os dois estão acompanhados dos advogados e estão sentados frente a frente na presença de policiais, no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp). Às 14h50, Jailson era o primeiro as responder às perguntas.
Depoimentos sobre ameaças de morte
Nesta semana, a Polícia Civil retomou depoimentos ligados ao processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, após um detento denunciar a existência de um suposto plano para matar cinco pessoas.
O denunciante, segundo a polícia, acusa Luiz Henrique Ferreira Romão, de apelido Macarrão, o goleiro Bruno e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, de planejar a morte da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que preside o processo; o delegado Edson Moreira, chefe do inquérito; o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Durval Ângelo; o ex-advogado do Bruno Ércio Quaresma; e o advogado José Arteiro, que defende a família de Eliza Samudio.
Em depoimento no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), em Belo Horizonte, Bruno negou a acusação, segundo o advogado Francisco Simim. De acordo com o defensor, o preso tem a intenção de prejudicar o jogador. Macarrão foi o segundo a depor e disse que não tem participação no suposto plano. A noiva do goleiro e o ex-advogado dele, Ércio Quaresma, prestaram depoimentos voluntários.
O ex-policial Bola, que foi pronunciado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver, foi o último a ser ouvido pela polícia, nesta quinta-feira (22). Ele também negou as acusações feitas por um detento.
Bruno e Macarrão estão detidos na Penitenciária Nelson Hungria, na Grande BH. Bola está no presídio de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O delegado Islande Batista informou que uma precatória pode ser enviada para a polícia em Campo Grande (MS), para ouvir o traficante Nem, que foi preso no Rio de Janeiro no dia 10 de novembro e está no Presídio Federal de Campo Grande. Segundo informações do preso que fez a denúncia, Bola teria dito, dentro da Penitenciária Nelson Hungria, ainda quando estava detido lá, que o traficante iria arquitetar o plano para matar as pessoas.