Polícia encontra itens de obras com 1000% de superfaturamento; entenda

Ação tem como objetivo combater crimes contra a administração pública e processos licitatórios

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Na investigação que resultou na Operação Kilowatt, realizada na manhã desta quinta-feira, a Polícia Civil gaúcha encontrou itens com 1000% de superfaturamento em obras da Secretaria Estadual de Obras. Em entrevista coletiva, os delegados da Delegacia Fazendária Daniel Mendelski e Joeberth Nunes afirmaram que as investigações duraram um ano mas avaliaram fatos desde 2008.

Ao todo, seriam seis obras cujos contratos com o governo estadual somam R$ 12 millhões, entre elas duas escolas e obras na Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde. Segundo Mendelski, em um dos casos, a reforma de um telhado de escola foi paga sem ter sido realizada. Após utilizarem o helicóptero da polícia, ficou comprovado que apenas foram trocados os beirais do telhado, deixando, assim, todas as telhas velhas no restante do local.

Outro caso aponta para a obra de uma subestação de energia em que os disjuntores, que custam R$ 1 mil, foram superfaturados no valor de R$ 10 mil cada um. Entre os crimes levantados pela investigação, estão: corrupção ativa, passiva, peculato, formação de quadrilha, falsidade ideológica, fraude à licitação e superfaturamento de valores.

Foram cumpridos oito mandados de prisão e 34 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos, empresas e residências nas cidades de Porto Alegre, Ivoti, Nova Petrópolis, Canela, além de Limeira e Campinas, em São Paulo. Entre os presos há quatro servidores e quatro empresários, e outros suspeitos investigados estão sujeitos à apreensão de veículos e bloqueio de bens. Na casa de um dos empresários foi encontrada a quantia de R$ 50 mil em espécie.

Ao todo, cerca de 150 policiais civis participam da operação, que é realizada pela Delegacia Fazendária do Departamento Estadual de Investigação Criminal.

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