Polícia de Goiás resgata 50 homens mantidos em cárcere privado e tortura

De acordo com as autoridades, os homens resgatados possuíam idades entre 14 e 96 anos; sua maioria com problemas intelectuais ou dependentes químicos.

50 homens foram encontrados pelas autoridades em condições insalubres e sob tortura | Reprodução - Foto: Divulgação/PCGO
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Recentemente, a Polícia Civil da Goiás relatou ter realizado um resgate de pelo menos 50 pessoas, que foram descobertas sendo mantidas em cárcere privado e sob tortura em uma clínica clandestina, localizada na zona rural da cidade de Anápolis. Todas as vítimas resgatadas eram homens, com as idades entre 14 e 96 anos. A polícia afirma ainda, que os resgatados, em sua maioria, possuíam deficiência intelectual, eram cadeirantes e outros dependentes químicos.

Com base nos dados da investigação, os homens resgatados teriam sido levados à força para o local, de forma ilegal. De acordo com o relatório policial, os homens foram mantidos em confinamento em condições insalubres, com acesso limitado a comida, sem cuidados médicos ou psicológicos adequados. Muitas das vítimas apresentavam ferimentos graves, desnutrição e confusão mental que sugeria sedação no momento do resgate.

Para permanecerem "hospedados na clínica", aparentemente era exigido que cada paciente pagasse pelo menos um salário mínimo por mês. A polícia não esclareceu quem efetuava o pagamento, se eram parentes dos internos ou eles próprios. Após a operação, seis indivíduos foram detidos em flagrante, incluindo o casal responsável pela clínica e quatro funcionários. Os funcionários levados pelas autoridades foram acusados de agredir  fisicamente as vítimas para controlá-las. Todos enfrentarão acusações de tortura e sequestro qualificado.

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Uma pessoa envolvida conseguiu escapar e está sendo procurada pela polícia, enquanto os outros cinco foram encaminhados ao sistema penitenciário. As pessoas prejudicadas receberam auxílio dos serviços de saúde mental e assistência social da prefeitura de Anápolis. Algumas delas necessitaram de internação hospitalar, sendo transportadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

O grupo que não precisou ser hospitalizado foi levado ao estádio de Anápolis, onde foram assistidos com alimentação, higiene e os primeiros socorros necessários. As identidades das vítimas foram determinadas, e uma investigação foi iniciada para localizar seus familiares. Tanto o nome da clínica quanto o dos detidos não foram divulgados pela polícia.

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