Armas de PMs são apreendidas após morte de jovem em favela

A vítima não tinha antecedentes criminais, segundo a Polícia Civil. Para a família, o tiro partiu dos policiais militares.

Afonso Maurício Linhares, de 25 anos, foi baleado no olho | Reprodução / Facebook
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A Divisão de Homicídios (DH) abriu inquérito para apurar o assassinato de Afonso Maurício Linhares, de 25 anos, morto depois de levar um tiro na cabeça, durante uma partida de futebol na Favela de Manguinhos, nesta quarta-feira. As armas utilizadas pelos PMs da UPP, envolvidos no caso, foram apreendidas e encaminhadas para perícia. A vítima não tinha antecedentes criminais, segundo a Polícia Civil. Para a família, o tiro partiu dos policiais militares.

? Sabemos que ainda há bandidos aqui (em Manguinhos), pois a UPP não consegue impedi-los. Mas, naquele momento, não havia nenhum marginal ali. Só os PMs estavam armados ? contou o radiologista Cláudio Elias, de 37 anos, um dos primos de Afonso.

Segundo os parentes, Afonso teria sido confundido com um bandido quando pulava o muro do campo de futebol, em frente à sua casa, para pegar a bola do jogo.

? Na hora havia uma confusão por causa da abordagem agressiva da PM a um menor. Os moradores tentaram apartar e os policiais atiraram ? contou a técnica de enfermagem Silvana Maurício, de 36 anos, prima de Afonso Linhares.

A assessoria de imprensa das UPPs afirmou que, durante o protesto dos moradores contra a abordagem, tiros foram disparados na direção dos policiais militares.

Afonso será enterrado às 10h de hoje, em Irajá.

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