Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto (SP) estiveram no início da tarde desta sexta-feira (3) no terreno onde um morador de rua foi queimado vivo na madrugada de quinta-feira (2) no bairro Ipiranga. Denilson Vicente Tavares, de 53 anos, morreu carbonizado. A família dele está revoltada com o crime bárbaro.
Segundo informações do delegado Ricardo Turra, a polícia tenta buscar pistas e pessoas que a ajude a identificar os suspeitos. No dia do crime, testemunhas informaram à Polícia Militar que viram a vítima sendo perseguida por um grupo, aparentemente usuário de drogas, que exigia que ela lhe entregasse uma quantia em dinheiro. Ao chegar a um terreno no cruzamento das ruas São Francisco e Piauí, o homem foi cercado pelos suspeitos. Eles deram início a uma briga, mas o morador de rua acabou sendo dominado.
Dois sofás foram colocados em cima da vítima e os suspeitos atearam fogo neles. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram chamados para socorrer o homem, mas ao chegarem ao local ele já estava morto.
O corpo de Tavares foi enterrado na quinta-feira no Cemitério Bom Pastor.
Dor
A notícia da morte brutal de Tavares deixou a família abalada. Por telefone, o cunhado da vítima, José Humberto de Oliveira, disse que o assassinato era impensável. ?É revoltante, temíamos que ele morresse de frio, atropelado, mas nunca queimado?, disse.
De acordo com Oliveira, várias tentativas de tirá-lo das ruas foram feitas pelos oito irmãos dele ao longo de quatro anos. Tavares saiu de casa após a morte da mãe. ?Ele começou a ter problemas com bebida e não aceitava morar com ninguém, sempre tentávamos alojá-lo na casa de familiares?.
Oliveira diz que a vítima não possuía envolvimento com drogas. Ele não vê explicação para o que aconteceu, mas acredita que a autoria será descoberta em breve, pois o ajudante de caminhoneiro aposentado era muito conhecido. ?Muita gente tinha contato com ele, é provável que alguém saiba de alguma coisa?.