Polícia apura se fotos divulgadas no WhatsApp mostram estupro coletivo

Entre os envolvidos estão alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ao policiais, eles negaram o estupro.

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A Polícia Civil de São Paulo investiga se uma jovem foi vítima de estupro coletivo cometido por um grupo de universitários em São Paulo. Entre os envolvidos estão alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ao policiais, eles negaram o estupro.

O 4º Distrito Policial, na Consolação, começou a investigação preliminar na quinta-feira (3) após investigadores serem avisados sobre trocas de mensagens pelo "WhatsApp" na qual circularam fotografias de estudantes nus e atos que poderiam configurar o estupro.

?Ainda não foi aberto inquérito, mas estamos fazendo apuração preliminar para saber se houve estupro ou atentado à honra e à imagem?, disse o delegado José Gonzaga Marques, delegado titular do 4º DP, nesta sexta-feira (4) ao site.

As imagens trocadas pelo aplicativo mostram cinco homens e uma mulher, que não exibe o rosto, aparentemente durante e após a relação sexual. Nas conversas trocadas pelo celular, uma mulher combina o encontro com um grupo de rapazes. A jovem que aparece nas fotos e nas mensagens do "Whatsapp" seriam a mesma pessoa.

De acordo com os investigadores, o advogado dos suspeitos esteve na delegacia e disse que o caso ocorreu há dois meses. Ainda segundo o advogado, a jovem estaria agora em intercâmbio na Croácia.

Policiais também estiveram no Mackenzie e localizaram os cinco rapazes, que, em conversa informal com os investigadores, se defenderam da suspeita de estupro, negaram ter violentado a mulher e alegaram que o sexo foi consensual. Eles, no entanto, deverão comparecer na tarde desta sexta-feira (4) à delegacia para prestarem esclarecimentos.

Segundo delegado, a mulher ainda não foi identificada e nem localizada. ?Dizem que a vítima está fora do país?, afirmou Gonzaga Marques. ?Sinceramente, parece ser uma farra, uma orgia. Não parece que foi agredida, mas não parece que está anuente [de acordo]?.

De acordo com José William, investigador do plantão do 4º DP, apesar de trabalhar com a hipótese de sexo consensual, a investigação irá apurar se a mulher teria sido embriagada. ?Por enquanto a informação que temos é que foi um ato consensual, que não foi um estupro, mas vamos continuar a investigação?, disse.

De acordo com a investigação, a mulher que aparece nas fotos e nas mensagens ainda foi identificada. Quando isso ocorrer, ela terá de ser localizada para prestar esclarecimentos na delegacia.

Procurada para comentar o assunto, a assessoria de imprensa do Mackenzie informou que repudia ?toda e qualquer violência contra a figura humana?. "Diante da gravidade do que foi veiculado na Internet, esperamos das autoridades, em todos os níveis, as medidas cabíveis. Estaremos prontos a colaborar na apuração do fato", informou a universidade.

"Repudiamos, por fundamentos de respeito religioso, legal e moral, toda e qualquer violência contra a figura humana", apontou a universidade em nota.

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