O delegado Robson da Costa Ferreira, que investiga o suposto envolvimento de Romário com um esquema chamado de "pirâmide", disse ao Fantástico que o valor que o ex-jogador informou ter recebido pela venda de um carro de luxo - um Hummer - será investigado. Segundo Romário declarou à polícia, ele recebeu R$ 170 mil pelo carro que, na verdade, valeria R$ 500 mil. As informações são do Fantástico.
Segundo a polícia, o esquema teria movimentado R$ 70 milhões em 18 meses e resultado na morte de Glauber de Jesus Matos Nascimento, 37 anos. Pessoas que prestaram depoimentos afirmaram que Jorge Alexandre Tavares, um suposto amigo de Romário, seria o líder do esquema, mas a "pirâmide" teria quebrado e prejudicado várias pessoas. Romário teria oferecido o automóvel a Glauber para quitar dívidas de jogo de seu amigo. Nascimento foi encontrado morto com tiros de fuzil em janeiro, na zona norte do Rio.
No entanto, em depoimento prestado nesta semana, o ex-jogador disse que nunca deu o carro para ninguém. Ele afirmou que vendeu o veículo para uma concessionária. Conforme o Fantástico, durante os quase dois anos e meio que ficou com o veículo, o ex-jogador não o colocou em seu nome. Ele só teria feito o registro em janeiro deste ano, no nome da mulher. Romário disse à polícia que era um presente para ela, mas em seguida vendeu o carro.
"Como ele disse que recebeu pelo carro é muito inferior ao valor do automóvel, acendeu o sinal amarelo. Temos que checar o motivo do subfaturamento do carro", afirmou o delegado. De acordo com a reportagem, somente o jogo de rodas cromadas aro 28 custa mais de R$ 100 mil. O carro também tem telas de DVD para os passageiros do banco traseiro e sistema de navegação e controles do rádio, com acionamento na tela. O veículo tem ainda teto solar automático e uma câmera escondida no retrovisor, que aparece quando a ré é engatada.