Polícia apreende frascos de remédio para dopar crianças com coronel

O flagrante foi feito por policiais do 22º BPM (Benfica)

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Um coronel reformado da Polícia Militar foi preso, na madrugada deste domingo, com uma criança de 2 anos do sexo feminino que estava completamente nua dentro do seu veículo. O flagrante foi feito por policiais do 22º BPM (Benfica), na Rua Barreiros, em Ramos, na Zona Norte do Rio. 

" Essa não foi a primeira vez em que ele apareceu com uma criança por aqui, ele se assustou quando a atendente viu a menina, nua e virada para ele, mas continuou ali. Pegou o lanche, desligou os faróis e ficou no estacionamento por volta de 20 minutos. A atendente ficou assustada com a situação e comentou com uma cliente, que ligou para a polícia. Em pouco tempo, os policiais apareceram por aqui", revelou a testemunha.

Ainda segundo o relato, o acusado se assustou ao ver a sirene acesa e tentou sair pelo outro lado, mas foi denunciado pelos cerca de 15 clientes que estavam no local: "Ele, que nem chegou a sair do carro, ficou muito assustado ao ser reconhecido", acrescentou a testemunha.

A polícia aprendeu no carro do suspeito três frascos de remédios que podem servir para dopar crianças. De acordo com os policiais, a criança foi levada até ele por uma vizinha, Thuanne Pimenta dos Santos, de 23 anos. Em depoimento prestado na Central de Garantias da Polícia Civil, ela afirmou que foi até o encontro do homem para receber o dinheiro de uma faxina que ela havia feito. 

Thuanne, ainda em depoimento, afirmou que pegou a criança com o pai para fazer um cadastro que garantiria uma vaga para tirar fotos com Papai Noel de um shopping em dezembro. No entanto, segundo disse à polícia, ela deixou a criança com o coronel da PM porque havia esquecido o celular em casa. Quando voltou, o crime já havia acontecido.

No registro de ocorrência feito, o coronel foi definido como o autor do fato. Thuanne e a irmã, que também foi ouvida pela polícia, aparecem como “envolvidas”.

Pedro Chavarry Duarte, de 62 anos, é presidente da Caixa Beneficente da Polícia Militar do Rio de Janeiro desde 2010. Na década de 1990, o então capitão Chavarry foi investigado por envolvimento com o jogo do bicho e receber propina do contraventor Castor de Andrade. Ele ingressou na corporação aos 19 anos. Formado em Direito, Chaverry passou pelo gabinete de quatro comandantes-gerais, relações-públicas da PM e membro da mesa diretora da irmandade de Nossa Senhora das Doras da PM. Em 2014, ele foi candidato a deputado federal pelo Rio, pelo Partido Social Liberal, mas não foi eleito.

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