A equipe do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa do Piauí (DHPP) apreendeu um celular, um notebook e uma carta com cinco páginas no apartamento do médico encontrado morto na noite de quinta-feira (12), no bairro Ininga, zona Leste de Teresina.
O corpo de Mariano de Castro Silva, 41 anos, foi encontrado por sua irmã. Ele, que foi preso em novembro de 2017, usava tornozeleira eletrônica e cumpria prisão domiciliar no apartamento.
Segundo a Polícia Federal, o médico era um dos principais operadores do esquema que desviou R$ 18 milhões e 345 mil de recursos públicos federais enviados entre 2015 e 2017 ao governo do Maranhão para cuidar da saúde da população.
No Maranhão, ele ocupou os cargos de chefe do Serviço de Atendimento de Urgência (SAMU), na Prefeitura de Coroatá e de assessor da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde lamentou a morte do ex-servidor e disse lamentar ainda que o médico tenha sido “vítima do período absolutamente autoritário que vive o Brasil, com restrição de direitos, presunção de culpa e ofensa a preceitos fundamentais da Constituição”
NOTA NA ÍNTEGRA
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) lamenta a trágica perda do médico Mariano de Castro e Silva, e se solidariza aos familiares e amigos deste profissional.
A Secretaria lamenta, ainda, que o médico Mariano de Castro e Silva seja mais uma vítima do período absolutamente autoritário que vive o Brasil, com restrição de direitos, presunção de culpa e ofensa a preceitos fundamentais da Constituição.
Neste momento delicado, a SES reforça seu papel de defesa irrestrita do sistema de justiça, no combate a todo e qualquer tipo de arbitrariedade.
A SES também repudia a postura adotada por alguns blogs maranhenses, que nesta hora de profunda dor, onde se exige o mínimo de humanidade e compaixão, produzem conteúdo sem o mínimo de ética e respeito.