PMs suspeitos da morte de Juan aguardam ordem de prisão no Rio

Juiz decretou a prisão dos quatro suspeitos na noite de quarta-feira (20)

|
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Os quatro policiais militares suspeitos da morte do menino Juan Moraes, de 11 anos, se apresentaram normalmente ao Departamento Geral de Pessoa, da PM, no Centro do Rio, nesta quinta-feira (21), e estão à disposição da Justiça para cumprir a ordem de prisão. A informação é do advogado dos PMs, Edson Ferreira.

Na noite do dia 20 de junho, Juan vinha da casa de um amigo com o irmão de 14 anos, quando foi atingido durante um confronto na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O irmão e outro jovem, de 19 anos, também ficaram feridos. A reconstituição do caso foi feita no dia 8 de julho, dois dias após a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, confirmar a morte do menino.

De acordo com o advogado, os quatro PMs souberam do decreto da prisão, na noite de quarta-feira (20) por meio da mídia. O advogado ressaltou que seus clientes estão cumprindo desde o início do processo todas as determinações da polícia. Ferreira ainda aguarda ser comunicado oficialmente do mandado de expedido pela Justiça para recorrer da prisão.

Prisão decretada

O juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, decretou a prisão temporária por 32 dias dos quatro policiais militares. Os mandados de prisão deverão ser encaminhados à Delegacia de Homicídios da Baixada (DHBF), responsável pelo caso.

A decisão atende a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). Segundo o MP-RJ, a prisão temporária dos PMs é em relação a dois homicídios duplamente qualificados (a morte do menino Juan e de um suposto traficante), duas tentativas de homicídio duplamente qualificado (do irmão de Juan, e de um jovem de 19 anos - ambos estão no Programa de Proteção à Testemunha) e ocultação de cadáver de Juan.

O MP-RJ também requereu à Justiça a prisão preventiva de um cabo da PM suspeito de crimes de homicídio duplamente qualificado, constrangimento ilegal e violação de domicílio, em 2008. Ele é um dos policiais suspeitos no caso. Segundo o MP, o cabo é acusado de matar um ex-presidiário, em 2008, em Mesquita, na Baixada Fluminense, com a ajuda dos outros três PMs.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES