Os três policiais militares envolvidos na morte da auxiliar de serviço gerais Cláudia da Silva Ferreira, de 38 anos, no último domingo (16) podem ser soltos após Ministério Público concordar com o pedido de liberdade feito pela defesa dos suspeitos, detidos desde o dia 16. Agora, os presos aguardam a avaliação da Justiça Militar.
Segundo o MP, os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Arcanjo e o sargento Alex Sandro da Silva Alves só podem ficar presos em flagrante após a Polícia Civil oferecer a denúncia do caso.
Pela lei, esse tipo de prisão só pode ocorrer se o inquérito for entregue à Promotoria em até cinco dias após a prisão. A defesa dos PMs alega que não há necessidade de eles ficaram detidos com as investigações ainda em andamento.
Os três policiais estão presos em Bangu 8, por determinação da própria PM. Eles prestaram depoimento na quarta (19), na delegacia de Madureira (29ª DP), que investiga o caso.
Atingida por dois tiros durante operação policial no morro da Congonha, Claudia foi colocada no porta-malas de um carro da PM para ser levada ao hospital. No meio do caminho, a tampa do compartimento abriu, ela ficou pendurada por um pedaço de roupa no para-choque do carro e foi arrastada por pelo menos 250 metros.
O advogado de um dos policiais, Jorge Carneiro Mendes, disse que os PMs não participaram do tiroteio no Morro da Congonha, quando Claudia foi baleada, e que eles apenas socorreram a vítima
Segundo o advogado, a auxiliar só foi colocada no camburão da viatura por não haver espaço no banco traseiro do veículo. A defesa alega que o banco estava ocupado com armamentos usados pelos PMs. O advogado também disse os moradores tentaram abrir o porta-malas da viatura.
A Polícia Civil fará uma reconstituição da morte de Claudia. A reconstituição será feita por determinação do chefe de Polícia, Fernando Veloso, mas ainda não tem data definida e só ocorrerá depois que todas as testemunhas forem ouvidas.