Trinta policiais militares do Rio de Janeiro foram expulsos da corporação, de acordo com o boletim interno da PM na última sexta-feira. Entre as acusações que envolvem os nomes dos ex-agentes estão crimes como tortura, formação de quadrilha e tentativa de homicídio. As informações foram confirmadas nesta segunda-feira pelo corregedor da PM, coronel Ronaldo Menezes.
Entre os policiais expulsos, dois são citados no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Segundo o documento, o cabo Juracy Alves Prudêncio, do batalhão de São João de Meriti, seria o chefe da milícia responsável por mais de 100 execuções na Baixada Fluminense.
O soldado Izan Chaves de Melo, do 7º BPM (São Gonçalo), foi denunciado por latrocínio e ocultação de cadáver junto com mais um PM e outros dois policiais civis. Eles teriam assassinado a comerciante chinesa Ye Guoe, 35 anos, em julho de 2009. Guoe foi sequestrada logo depois de trocar R$ 220 mil por dólares em uma casa de câmbio num shopping da Barra da Tijuca.
Daumir Pereira Barbosa também foi expulso da corporação por envolvimento com milicianos de Rio das Pedras, segundo investigação do Ministério Público (MP) estadual. Na vasta lista ainda consta o nome do sargento João Bezerra dos Santos, do 32º BPM (Macaé), suspeito de fazer parte da quadrilha do traficante Rogério Mosqueira, o Roupinol, morto pela polícia no ano passado.
Na sexta-feira, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, havia ordenado a expulsão de quatro oficiais da Polícia Militar e sete inspetores da Polícia Civil. Os 11 já tiveram seus processos julgados pela Corregedoria Geral Unificada.