Um policial militar do 35º BPM (Itaboraí) foi preso na manhã desta quarta-feira (2), suspeito de matar Ademar Reis, subsecretário de Transportes de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no dia 20 de janeiro, em Icaraí.
De acordo com a polícia, o suspeito foi reconhecido por testemunhas e está com prisão temporária decretada. Ele prestou depoimento na 77ª DP (Icaraí). O PM acusado teria envolvimento com o transporte clandestino de vans em Niterói.
Na semana passada, a Polícia Civil divulgou o retrato-falado de um suspeito de envolvimento na morte do subsecretário.
A polícia pediu a quebra do sigilo telefônico do subsecretário. Para ajudar nas investigações, a prefeitura mandou lacrar todos os documentos relacionados à concessão de autonomias de táxi. O subsecretário investigava por conta própria o esquema de fraudes na transferência de autonomia de táxis que envolveria funcionários da Secretaria de Transportes.
Crime
O subsecretário estava com um motorista em carro oficial quando foi atingido. Ademar chegou a ser levado para o Hospital Universitário Antônio Pedro, mas não resistiu. Segundo a assessoria do hospital, ele sofreu duas paradas cardíacas.
Testemunhas contaram que o carro em que Ademar estava foi fechado por um veículo com dois homens, na Rua Joaquim Távora, quando ele saía de casa em direção ao trabalho. Um dos criminosos saltou e fez vários disparos em direção ao subsecretário.
As imagens gravadas pela câmera de segurança mostram uma jovem correndo, assustada, para dentro de um prédio no momento dos tiros. O carro que seria dos criminosos aparece no alto do vídeo, deixando o local.
O corpo de Ademar Reis foi enterrado na tarde de quinta-feira (21) no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, também em Niterói. O velório aconteceu na Câmara Municipal de Vereadores. No local estavam parentes, amigos e funcionários da prefeitura. O prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, compareceu ao enterro.
Combate ao transporte irregular
Ademar Reis estava há 1 ano no cargo e vinha trabalhando para regulamentar o transporte na cidade. Entre suas atribuições estava a de combater vans ilegais e reprimir transferências fraudulentas de autonomia para taxistas.
O subsecretário andava há dois meses sempre com uma pasta. Dentro dela havia documentos importantes que provariam as fraudes. Segundo os investigadores, a pasta não foi levada pelos criminosos, mas desapareceu logo após o crime.