Paulo Gerson Benício, 22 anos, estava desaparecido há dois meses no Estado de Goiás e seu corpo foi encontrado na última sexta-feira (28), pela Polícia Civil. O delegado Eduardo Gomes, titular da Delegacia de Homicídios de Goiás, informou que a namorada de Paulo Gerson, identificada por Odete Alves Cerqueira Pereira, de 60 anos, pagou cerca de R$ 300 para que o jovem fosse morto. Paulo queria terminar o relacionamento e Odete não aceitava.
"Nós conversamos com uma tia da vítima e ela nos informou que ele queria acabar a relação e ela não aceitava de jeito nenhum, já teria dito inclusive que se ele não ficasse com ela, não ficaria com mais ninguém. Quando começamos as investigações, a mãe do autor do assassinato, com medo de ele assumir o crime sozinho, acabou gravando uma conversa com a mandante em que ela confessava o crime", informou o delegado responsável pelo caso.
Ednardo Ribeiro Silva Junior, 22 anos e uma menor de 17 anos, mataram Paulo enforcado e depois atearam fogo em seu corpo, na zona rural do município de Luziânia, a cerca de 30 Km da sede do município.
Os dois adultos responderão por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Os acusados já foram encaminhados aos presídios masculino e feminino de Goiânia. A adolescente ainda está sendo ouvida e deve responder por crime análogo ao homicídio, já que como pagamento ela ficou com o celular da vítima.
O corpo foi levado ao Instituto de Criminalística de Goiânia e somente após confirmação pericial será liberado à família. Os pais do jovem ainda moram no Piauí. Ele era eletricista e morava em Luziânia há quatro anos. Com a triste notícia da morte do jovem, a família espera que os responsáveis sejam punidos. “Eu quero justiça, não pode ficar impune”, disse a tia do rapaz, identificada por Vânia Fontinele.
A família de Paulo Gerson Benício procurava pelo rapaz há dois meses. De acordo com os parentes, ele saiu de casa para trabalhar e nunca mais foi visto. A tia do rapaz, a manicure Vânia Fontinele conta que ele nunca saía para lugares diferentes sem avisar. “Ele falava comigo sempre. Quando não me mandava mensagem no celular, me ligava. Se ele fosse para qualquer lugar diferente ele me avisava. Ele não saía sem me dizer”, ressaltou.
Após o desaparecimento do rapaz, a família passou a realizar buscas na cidade. “Fizemos de tudo, campanhas em redes sociais, colocamos fotos dele em pontos de ônibus, já havíamos procurado em delegacias e até no IML tínhamos procurado”, disse o tio do jovem, pastor Oliver Fontinele.