Em 2013, todo o Estado do Piauí registrou 142 roubos em estabelecimentos bancários, agências dos Correios, caixas eletrônicos e casas lotéricas. A estimativa é que 80% desses casos tenham acontecido somente no interior do Estado, de acordo com dados da Polícia Civil do Piauí e Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Piauí (Sintect-PI).
Os dados em relação aos ataques de agências dos Correios, consideradas mais vulneráveis, ficam em 122, com arrombamentos e assaltos por bandidos armados, de acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos, José Rodrigues. O número representa 85,9% das ocorrências deste ano.
Já de acordo com a Polícia Civil do Piauí, os casos de roubos envolvendo agências bancárias e outros serviços provenientes de instituições financeiras foram no total de 20 em todo o Piauí. As cidades do interior são as mais vulneráveis tendo em vista a ausência de planos de segurança para as agências e fragilidade no policiamento local.
Segundo o tenente-coronel Sá Junior, da Polícia Militar, a prevenção desses crimes também é de responsabilidade das próprias instituições e dos municípios, que não procuram a elaboração de planos de segurança com a chegada de novos bancos e outros estabelecimentos do tipo.
?Existem leis que exigem um esquema de segurança, que boa parte dos bancos sequer oferecem, como o número certo de seguranças armados e monitoramento por câmeras.
A situação dos caixas eletrônicos fora das agências bancárias é ainda pior, sem qualquer tipo de suporte aos usuários e ao estabelecimento. Para se ter uma ideia, o monitoramento de caixas de alguns bancos é feito em outro Estado?.
Segundo o delegado Menandro Pedro, presidente do Greco (Grupo de Repreensão ao Crime Organizado), muito embora os números sejam assustadores, a realidade dos grandes roubos é pior nos estados vizinhos, Maranhão e Bahia.
?O panorama desses crimes na região é crítico. No Maranhão, por exemplo, só em 2013 foram registrados cerca de 50 assaltos e estouros de caixas eletrônicos; na Bahia, 169?.
O tenente-coronel da PM, Sá Junior, ressalta que a responsabilidade, em geral, recai sobre a Polícia Militar, que é a única polícia presente em todos os municípios piauienses, com pelo menos três policiais e uma viatura para a cobertura do município.
?É preciso que as instituições cumpram as leis sobre a segurança dos estabelecimentos e que junto ao município busquem a elaboração de planos de segurança apropriados, não esperem que a PM cuide exclusivamente dos bancos. Existem as outras áreas que dependem da polícia?.
As ações realizadas pela Polícia Militar do Piauí são operações volantes com policiais da capital, Operação Divisa, em que as ações envolvem as regiões que fazem ligação com outros estados, através de policiamento ostensivo e troca de informações. Outra ação incluída é a compra de folga dos policiais, para que estes permaneçam por mais tempo disponíveis nas cidades do interior.