A Pol?cia Federal soltou ontem mais cinco pessoas envolvidas na Opera??o Carranca, que investiga quatro organiza?es criminosas que desviaram mais de R$ 19 milh?es de quatro minist?rios para comprar carros de luxo, casas de praia, fazendas e bois em Alagoas. Segundo os procuradores do Minist?rio P?blico Federal de Alagoas, Rodrigo Ten?rio e Daniel Ricken, as pessoas soltas "n?o s?o amea?a ?s provas e a ordem p?blica".
Com as pessoas soltas ontem, sobe para sete o n?mero de acusados liberados pela PF. Ainda est?o presos 14. Est?o soltos: o empres?rio Rodrigo Fragoso, o engenheiro Paulo Pontes, soltos na quinta-feira. Ontem foram liberados a propriet?ria da Construtora Patriota, Solange Patriota; a mulher do presidente da C?mara de Vereadores de Palmeira dos ?ndios, Veraneide da Costa Bas?lio; o diretor do Servi?o Aut?nomo de ?gua e Esgoto (SAE) de Marechal Deodoro, Jos? Carlos Wanderley e o engenheiro da Caixa Econ?mica Federal, Nelson Ten?rio de Oliveira e Jose Maries, da Construtora Mares.
O ?nico acusado a falar foi Wanderley: "Fui preso de gaiato, apenas porque participei de uma conversa telef?nica que foi grampeada". Segundo Rodrigo Ten?rio, os levantamentos mostraram que, em alguns casos, n?o havia concorr?ncia em licita?es p?blicas ? as empresas eram da mesma pessoa. Tamb?m havia casos em que mais de uma licita??o era feita, para a mesma obra, o que gerava duas despesas, ao inv?s de uma. "A CGU tamb?m percebeu a varia??o percentual de uma proposta em rela??o a outra. A diferen?a era de 3% para cada material, por exemplo", acrescentou Ten?rio.
Em todos os casos, disse o procurador da Rep?blica, os pagamentos eram feitos de forma antecipada e com pre?os superfaturados, com obras n?o constru?das ou erguidas com material da pior qualidade, como casas sem reboco e pintura. "At? disjuntores, contratados em tr?s, por exemplo, eram instalados em dois", disse o procurador.