O Minist?rio P?blico e a Pol?cia Federal descobriram, em opera??o conjunta, uma frande envolvendo empreiteiras tocantinenses e funcion?rios da Secretaria de Habita??o e da Caixa Econ?mica Federal, que utilizavam recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi?o (FGTS). Sete pessoas foram presas, acusadas de fraudar o financiamento para a compra de im?veis.
Segundo o delegado Marcos Paulo Cardoso, "as investiga?es noticiaram que os servidores p?blicos estaduais da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitacional e servidores municipais da Caixa Econ?mica Federal se associaram a um grupo de consultores da cidade. Eles constru?am pequenas casas, de baixo valor, como se fossem de boa qualidade e vendiam para pessoas f?sicas, burlando o normativo interno da Caixa Econ?mica Federal. As v?timas, geralmente de baixa renda, eram aliciadas para a aquisi??o desse financiamento. S? que essas casas desmoronavam em dois meses".
As casas apresentavam problemas logo nos primeiros meses e as reclama?es dos moradores de Palmas resultaram na Opera??o Casa Nova. De acordo com a Pol?cia Federal, os funcion?rios da Caixa Econ?mica montavam o processo com informa?es falsas e sem a documenta??o necess?ria. O trabalho era conclu?do com expedi??o de alvar?s e sem fiscaliza??o por parte dos servidores da Secretaria da Habita??o.
A aposentada Lena Rocha foi uma das v?timas do golpe. "Comprei uma casa pela Caixa Econ?mica e ela j? desabou. Eu tive que arrumar a casa com o meu pr?prio dinheiro. Dei entrada num processo administrativo da pr?pria Caixa e at? hoje n?o teve solu??o. Mais ou menos 30 casas est?o com problemas piores que o meu. O material ? de p?ssima qualidade", contou.
Segundo a Procuradoria da Rep?blica, a empreiteira constru?a casas fora dos padr?es e com material ruim. Os im?veis eram or?ados em um montante equivalente ? quantia de R$ 8 mil e revendidos por R$ 40 mil, o que gerava um lucro superior a 500%. "H? ind?cios da venda de Habite-se por montantes que variam de R$ 800 a R$ 1,2 mil. O prazo para a libera??o do financiamento, que pode demorar at? 30 dias, para a quadrilha era liberado em menos de tr?s dias", afirmou o procurador da Rep?blica Jo?o Gabriel.