A Polícia Federal prendeu 31 pessoas nesta quarta-feira (7) na operação Hygeia, realizada para combater um suposto esquema de desvios de recursos públicos e fraudes em licitações e contratos. Segundo a PF, os mandados de prisão temporária foram cumpridos em Mato Grosso, Rondônia, Goiás e Distrito Federal.
Dentre os presos, há 17 servidores públicos. No grupo, há oito servidores da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), quatro servidores de secretarias municipais, dois funcionários estaduais de Mato Grosso e três ex-servidores da Funasa que começaram a ser investigados quando ainda trabalhavam no órgão. Os nomes dos presos não foram informados. Quatro pessoas estão foragidas.
Em entrevista, a delegada Heloísa Albuquerque, responsável pelas investigações, disse que as investigações começaram há um ano e meio.
De acordo com a polícia, auditorias da Controladoria-Geral da União (CGU) apontaram um prejuízo de cerca de R$ 51 milhões em contratos superfaturados da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), de obras contratadas por prefeituras com recursos federais e convênios com organizações não-governamentais. Em relação às entidades, teriam sido encontrados valores superfaturados e funcionários fantasmas.
Durante a operação, a polícia também cumpriu 76 mandados de busca e apreendeu documentos.
Ainda de acordo com a polícia, os investigados poderão ser indiciados por crimes como formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva e prevaricação.