PF investiga frigoríficos JBS-Friboi e Margen em operação

A JBS-Friboi e a Margen seriam algumas das empresas envolvidas no esquema

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Os frigoríficos JBS-Friboi e Margen estão entre as empresas que podem ter sido beneficiadas em um suposto esquema desmontado nesta terça-feira pela Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público, em Rondônia. Ao todo, foram cumpridos 22 mandados de prisão, além de 43 de busca e apreensão.

Denominada de Abate, a operação é resultado de um ano de investigações em que se apurou uma série de crimes cometidos para favorecer frigoríficos, laticínios e curtumes fiscalizados pela Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia.

A JBS-Friboi e a Margen seriam algumas das empresas envolvidas no esquema, segundo o Ministério Público de Rondônia. Procuradas pela Folha Online, as empresas disseram ainda não terem conhecimento do caso e por isso não se pronunciaram.

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva, sete mandados de prisão temporária, além do cumprimento de 43 mandados de busca e apreensão na sede da Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia, na residência de vários investigados e na sede de diversas empresas envolvidas no esquema.

A operação ocorreu em oito Estados --Rondônia, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio, Pará e Rio Grande do Norte--, além do Distrito Federal.

Segundo informações da PF de Rondônia, "um importante grupo econômico com sede em Mato Grosso" foi apontado como responsável pelo pagamento de propinas a servidores públicos da Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia, Banco da Amazônia, Ministério da Integração Nacional, Agência Nacional da Energia Elétrica e Secretaria do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso.

Entre os presos, conforme a assessoria de imprensa do MP de Rondônia, está o chefe e o vice da Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia, além de um diretor do Banco da Amazônia, no Pará.

No Mato Grosso, foram presos quatro empresários e cumpridos seis mandados de busca e apreensão. Segundo a assessoria de imprensa da PF do Estado, foram apreendidos R$ 31,3 mil, além de computadores.

Os suspeitos devem responder a crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, concussão, prevaricação, subtração ou inutilização de documentos públicos, entre outros.

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