A Polícia Federal (PF) revelou, nesta terça-feira (19), que o policial federal Wladimir Soares repassava informações sobre a segurança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro (PL). Soares, que foi preso nesta manhã, é acusado de conspirar com quatro militares para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
O relatório da PF detalha que Soares, utilizando seu cargo, compartilhou informações sensíveis sobre a segurança de Lula durante o período de transição de governo. Ele teria colaborado diretamente com o plano golpista, alinhando-se com aqueles que tentavam impedir a posse do governo eleito.
“[…] o investigado, aproveitando-se das atribuições inerentes o seu cargo no período entre a diplomação e posse do governo eleito, repassou informações relacionadas a estrutura de segurança do presidente Lula para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro, aderindo de forma direta ao intento golpista”, diz o documento.
MILITARES PRESOS
Na operação "Contragolpe", realizada pela PF, Soares e os militares envolvidos no plano de assassinatos foram detidos. O grupo, além de planejar a execução de autoridades, também disseminava fake news sobre fraudes eleitorais e atacava ministros do STF e TSE. A intenção era incitar apoiadores de Bolsonaro a resistirem nos quartéis, criando um cenário para um golpe de Estado.
A investigação mostra que o plano visava não apenas eliminar figuras-chave, mas também gerar caos político, deslegitimando o resultado das eleições de 2022 e alimentando a resistência contra a posse de Lula e Alckmin.
Com informações da CNN