Os celulares que estão com o vídeo de Júlia Rebeca estão sendo investigados pela perícia, completados hoje 30 dias da sua morte.
Sobre o caso, sete pessoas da cidade de Parnaíba foram ouvidas e, segundo o delegado geral James Guerra, foram feitas apreensões de três celulares dos três envolvidos na produção do vídeo.
Um dos primeiros procedimentos da investigação é descobrir quem produziu o vídeo, quem o tinha em seu poder e para onde ele foi repassado. ?Essa parte somente será esclarecida, a partir dos exames periciais?, diz Guerra.
O delegado assegura que os celulares apreendidos estão na perícia criminal e que estão inclusos, além dos aparelhos, as empresas de telefonia para maiores informações acerca do ocorrido. ?O repasse é o que caracteriza a utilização do conteúdo erótico envolvendo a adolescente?.
Questionado sobre os prazos para os resultados, James Guerra garante que foi pedido urgência aos peritos e que, dentro de aproximadamente 20 dias o laudo estará concluído. ?A gente pediu brevidade ao pessoal da perícia. Mas por se tratar aparelhos de telefones que envolvem informações das empresas de telecomunicação, a gente fica na dependência das informações que vêm dessas empresas. Como é um caso de repercussão, a gente está pedindo maior celeridade e que, em torno de 15 a 20 dias, a gente tenha esse laudo confeccionado.?
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ENTENDA O CASO
Adolescente se mata após divulgação na internet de vídeo de sexo entre ela e um casal
A adolescente Júlia Rebeca, de 16 anos, cometeu suicídio no último domingo dentro de seu quarto na residência de sua família em Parnaíba (345 km de Teresina) depois que circulou na internet vídeo com imagens de uma relação sexual que tinha mantido com um homem e outra adolescente.
Após a repercussão do vídeo nas redes sociais, Júlia Rebeca anunciou seu suicídio em sua conta no Twitter, onde pede desculpas aos pais.
A Polícia Civil de Parnaíba abriu um inquérito para investigar as circunstâncias da morte da adolescente Julia Rebeca.
Em sua conta do Twitter, do dia 10 de novembro, a adolescente postou frases de pedido de desculpa aos pais e se despedindo. Em seguida, o primo dela atualizou a página, confirmando a morte da jovem e que iria divulgar o local do velório.
A hipótese é de que ela tenha cometido suicídio após um vídeo de sexo entre ela, uma outra jovem e um homem ter sido divulgado através do programa de compartilhamento de mensagens e arquivos WhatsApp.
O delegado regional de Parnaíba, Rodrigo Rodrigues, afirmou que um inquérito foi aberto para apurar o caso e o resultado será divulgado após a conclusão das investigações, que estão sendo acompanhadas por integrantes da família de Júlia Rebeca.
Júlia Rebeca foi encontrada morta enrolada enrolada com fio da chapinha de alisamento de cabelos.
A data de sua morte foi postada por ela uma mensagem que dizia: ?"Eu te amo, desculpa eu n ser a filha perfeita mas eu tentei... desculpa desculpa eu te amo muito mãezinha.. desculpa desculpa...!! Guarda esse dia 10.11.13 [sic]".