Homem que achou corpo esquartejado disse que pensou que era um boneco

Após ver que se tratava de partes de um corpo humano, Antônio resolveu acionar a polícia.

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O comerciante Antônio Gonçalves Júnior, 50 anos, compareceu ao prédio do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) nesta segunda-feira e falou do momento em que encontrou partes de corpos dentro de sacos plásticos na região do cemitério da Consolação, região central de São Paulo, neste domingo. Segundo ele, um morador de rua abriu um dos sacos e o chamou para ver. Após ver que se tratava de partes de um corpo humano, Antônio resolveu acionar a polícia.

?Fomos abrir o comércio às 7h e, depois de 15 minutos, um morador de rua se aproximou e disse que tinha encontrado um saco com um corpo cortado dentro. Eu disse que deveria ser um boneco, mas quando fui ver falei para ele não mexer e fui chamar a polícia?, disse.

Ainda assustado com a situação, ele disse não ter nenhuma pista sobre a pessoa que jogou os sacos no local. ?Não tenho pista nenhuma e isso nunca aconteceu na região. Nem imagino quem é o louco que fez isso. Fiquei muito assustado com esse crime bárbaro, mas não tenho suspeitas?, completou.

Segundo a Polícia Civil, as partes da vítima, que ainda não foi identificada, foram achadas no domingo separadas em sacos de lixo após terem sido desovadas na região do cemitério da Consolação. Investigações apontam ainda que o tronco do corpo esquartejado estava sem pele.

O corpo não tinha cabeça, nem órgãos genitais. Segundo a polícia, as pernas peludas levam a crer que a vítima seja um homem, mas não há certeza. Pelo fêmur, se supõe que o esquartejado tinha altura entre 1m80cm e 1m90cm. A idade é estimada entre 25 a 30 anos.

​A polícia também especula que o crime não tenha sido cometido na rua. Com o corpo foi encontrado cabelo, um vestido vermelho, usado para enrolar as partes, e estopa. A suspeita é que o pano tenha sido usado para limpar o sangue da vítima.

Imagens de duas câmeras - uma da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e uma da Guarda Civil Metropolitana (GCM) - já foram analisadas. A mais promissora não trouxe grandes novidades porque o equipamento era giratório. No momento em que o saco é deixado, a pessoa que o largou aparece atrás de um poste.

Equipes de investigação foram colocadas na rua novamente para buscar imagens de outras câmeras. A expectativa é de encontrar imagens melhores, já que o bairro é bem vigiado.

A Polícia Civil notificou empresas de coleta de lixo da região pedindo para que elas fiquem atentas à embalagens parecidas com as que foram usadas para a desova. Há chances de a cabeça ter sido descartada da mesma forma, mas em outro lugar.

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