Penitenciária de Porto Alegre faz 1º casamento entre presas no RS

O primeiro casamento entre duas mulheres presas da Penitenciária Feminina Madre Pelletier

Primeiro casamento entre presas na Penitenciária Feminina Madre Pelletier | Divulgação
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O primeiro casamento entre duas mulheres presas da Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre (RS), foi celebrado na sexta-feira no teatro da instituição. A cerimônia foi feita pelo sacerdote afroumbandista Everton Afonsim, que já abençoou 38 uniões, sendo 17 delas homoafetivas.

As detentas se apaixonaram na prisão e participaram do ritual como manda o tradicional casamento: com direito a vestido branco, buquê, terno e alianças douradas. Segundo a assessoria de imprensa da Superintendência dos Serviços Penintenciários (Susepe), as duas estavam emocionadas e foram acompanhadas por familiares até o altar religioso, onde estavam expostos os elementos que abençoaram o casamento.

Para o sacerdote, que também é presidente da Federação Afroumbandista e Espiritualista do RS (Fauer), o casamento dentro de uma penitenciária representa a quebra de um paradigma e a evolução da sociedade no respeito aos direitos de todas as pessoas, não importando o gênero e nem a religião. "O que acontece fora deve acontecer aqui dentro também, com todas as garantias na execução dos direitos das mulheres privadas de liberdade", ressaltou a titular da Coordenadoria Penitenciária da Mulher/Assessoria dos Direitos Humanos (ADH) da Susepe, Anelise Pereira.

No momento de dizer o simbólico ?sim?, as duas presas, que têm na inicial de seus primeiros nomes a letra ?V?, trocaram beijos e mensagens de amor, emocionando quem acompanhava a cerimônia. As detentas ainda assinaram a ata de união, estabelecida pela Fauer. Os convidados foram recepcionados com doces e salgadinhos, após o cumprimento às noivas.

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