As imagens registradas pelas câmeras de segurança de uma casa de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, assaltada na sexta-feira (6), puderam ser vistas ao vivo pelo dono do local, o advogado Carlos Ergas. Ele gastou R$ 30 mil para instalar 16 câmeras em todos os cômodos de sua casa, mas não conseguiu fazer nada quando viu de seu escritório que o imóvel foi invadido.
O advogado chegou a chamar a polícia, mas os assaltantes conseguiram fugir. ?Nós monitoramos, ligamos para o Copom dando a posição dos assaltantes dentro da minha casa, fora de casa, praticamente irradiando um jogo de futebol, com todos os detalhes. Eles chegaram cinco minutos antes deles deixarem a casa, era tempo suficiente para uma operação tranquila da polícia, sem riscos?, disse o advogado.
As gravações mostram que a ação começou na calçada. Primeiro, elas mostram uma empregada lavando a calçada. Ela não percebe quando o carro preto do outro lado da rua. Ela já havia terminado a limpeza e guardava o equipamento quando dois homens saem do carro.
Um deles segue pela mesma calçada, enquanto o outro atravessa e vai em direção à mulher. Ele conversa um pouco, enquanto o outro dá a volta e surge pelo lado oposto. Juntos, eles anunciam o assalto.
Por outra câmera, é possível ver quando os criminosos entram com a empregada na casa. O equipamento usado para lavar a calçada fica do lado de fora e não chama a atenção de ninguém.
Os ladrões vasculham todos os cômodos até achar o cofre. As imagens mostram quando eles voltam para a garagem. Um tira o carro da família e o coloca na rua, enquanto outro veículo com outros criminosos dentro entra na garagem.
Uma terceira câmera mostra quando quatro homens guardam um cofre no porta-malas do veículo. Eles também levaram joias e equipamentos eletrônicos.
Os criminosos ainda estavam dentro da casa quando três carros da Polícia Militar chegaram. As imagens mostram que os PMs foram até a casa do vizinho. Nesse momento, os assaltantes abrem o portão eletrônico e saem com o carro. Os policiais ainda correram, mas ninguém foi preso.
O porta voz da PM, capitão Macera, reconheceu que houve uma falha de comunicação da corporação. Segundo ele, a primeira ligação recebida pelo comando foi de uma testemunha que viu a empregada ser rendida. Entretanto, ela informou o número da casa errado.
Para o capitão, isso desencadeou a série de problemas. O capitão disse que a PM vai fazer uma reunião para apurar as responsabilidades e corrigir os procedimentos.