O pastor Osório José Lopes Junior, suspeito de envolvimento no esquema que prometia um octilhão de reais para vítimas de igrejas, foi localizado e preso nesta quinta-feira (21), em um rancho, na zona rural de Sucupira, região que fica ao Sul do Tocantins. No momento da prisão ele estava na companhia de seguranças particulares.
A Polícia Civil do Distrito Federal já realizava buscas pelo pastor que era considerado foragido. O suspeito foi localizado pelos policiais civis do Tocantins, da 8ª Divisão de Combate ao Crime Organizado, o rancho em que ele estava, de acordo com a polícia, pertence à família. Durante a ação, o pastor não apresentou resistência à prisão. Após prestar depoimento, Osório foi encaminhado para uma Casa de Prisão Provisório de Gurupi, onde permanecerá à disposição da justiça.
Divulgação/Polícia Civil
A ação da Polícia no Distrito Federal foi iniciada na manhã de quarta-feira (20) e abrange vítimas tanto do Brasil quanto de outros países. De acordo com a Polícia Civil, o grupo em questão movimentou a quantia de R$ 156 milhões ao longo de 5 anos, ao mesmo tempo que estabeleceu 40 empresas fictícias e fez transações em mais de 800 contas bancárias sob suspeita.
A equipe de defesa do pastor alegou que ainda não teve a oportunidade de examinar o conteúdo dos documentos do processo. Na quarta-feira (20), a defesa chegou a declarar que o pastor não tem qualquer relação com as investigações envolvendo o grupo e que o Sr. Osório não tinha conhecimento de qualquer mandado de prisão emitido contra ele, uma vez que estava "fora em sua lua de mel".
O grupo de criminosos conta com 200 membros, entre os quais se incluem dezenas de líderes religiosos. Nas congregações religiosas, persuadiam os crentes a direcionar suas economias para investimentos em operações financeiras fictícias ou em iniciativas humanitárias inexistentes. Para atingir esse objetivo, empregavam estratégias que faziam os fiéis acreditar que, ao investir, estariam sendo abençoados por Deus para receber quantias significativas.
A DEFESA
Em nota, a defesa do pastor informou que ainda não teve acesso aos autos e que precisa ver o fundamento da decretação da prisão para depois requerer a revogação. Se for indeferida, irá impetrar um habeas corpus.
Na quarta-feira (20), a defesa do pastor afirmou que ele não tem nada a ver com as investigações contra o grupo e que Osório não sabia de nenhum mandado de prisão contra ele, pois "está viajando em lua de mel". Além disso, detalhou que desconhecia as acusações.