A Polícia Civil de Cubatão, no litoral de São Paulo, acusa o pastor Givanildo Borges, da Igreja Mundial do Poder de Deus, de chefiar uma quadrilha de assaltantes que age na região e foi responsável por ao menos nove roubos em templos evangélicos, comércios e residências nos últimos quatro meses. O criminoso é considerado foragido da Justiça.
Investigadores descobriram as ações do bando após a prisão de Felipe Marcolino dos Santos, o Vovô; Roberth Lincoln Barroso Oliveira, o Chuchu, e Guilherme Augusto da Silva Júnior, o Didi, único que permanece na cadeia.
De acordo com informações dos policiais, o grupo agia sempre da mesma forma. O pastor participava do culto e, após o fim da celebração, quando o salão já estava quase vazio, pedia para fazer uma bênção, enquanto acompanhava a movimentação e verificava os detalhes do local, inclusive onde o dízimo era guardado. Do lado de fora, seus comparsas armados aguardavam em um carro.
Borges saía da igreja e passava as informações ao resto do grupo, que entrava para concluir o roubo enquanto o pastor esperava dentro do carro, com o motor ligado. Ele mesmo dirigia o veículo na fuga. Os bandidos rendiam quem estivesse no local, recolhiam o dinheiro das ofertas, smartphones e outros pertences dos fiéis, além de aparelhos de som e instrumentos musicais dos templos.
Um dos locais assaltados é a sede da Igreja Mundial do Poder de Deus da qual Givanildo Borges fazia parte, na Vila dos Pescadores, onde usava um quarto como moradia.
O bando também praticou o crime em cinco unidades da Igreja Universal do Reino de Deus, entre abril e maio, em Santos, Mongaguá, Peruíbe, Guarujá e em Cubatão, todas no litoral paulista, além São Roque, no interior.
No quarto do pastor os policiais encontraram cinco notebooks que foram roubados de um estabelecimento em Santos, no bairro da Vila Belmiro, que vende e faz assistência técnica em aparelhos eletroeletrônicos. O grupo assaltou ainda uma casa em Bertioga, de onde levou uma pistola calibre 380.