Há oito meses defendendo a Assembleia de Deus dos Últimos Dias, Marcelo Patrício diz que não cobra nada do pastor Marcos e ainda estuda a estratégia de defesa. Seu cliente está no presídio Bangu 2, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, acusado de praticar dois estupros (outras quatro denúncias ainda estão sendo investigadas).
Qual é a estratégia de defesa?
Nós ainda estamos estudando o que vamos fazer. As acusações são surreais, absurdas e baseadas em um suposto estupro ocorrido em 2006. Não há provas, e os depoimentos não se sustentam. Eu me recuso a acreditar que ele tenha feito isso. As pessoas estão querendo acabar com a reputação de um homem de bem.
Mas como o senhor vai conduzir a defesa?
Eu hoje tenho o pastor como pai. Acredito realmente que ele é inocente. Estamos procurando bases para combater as acusações. Não é fácil sem provas. Este processo está fadado à decadência. Ninguém é culpado até que se prove.
O senhor já defendeu o pastor em outros casos?
Há oito meses que sou advogado da igreja. Eu acompanho os casos de detentos que estão em regime semiaberto, e dos que estão sob monitoramento eletrônico e moram lá na igreja.
Como o pastor está?
Ele está triste por estar nesta situação e pela enorme repercussão do caso. Mas tranquilo. Está numa cela individual. Não tem feito cultos porque é proibido. Inclusive já curou um detento que estava com uma íngua. Disse que ele se arrependeu na hora.
Quanto é o seu honorário para defender o pastor?
Eu nunca recebi nada.
Como o senhor define o pastor?
O pastor é um homem honrável, verdadeiro. A missão dele é trazer as almas para Jesus e tentar tirar as pessoas das drogas.
Quem está dirigindo a igreja agora?
Quem assumiu a igreja foi Nívea Madureira Batista e Silva, filha do pastor. Ela é pastora e cantora também.