Pai é acusado de engravidar filha na BA

O pai da menina tem 42 anos e teria confessado aos policiais que abusou da filha

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A Polícia Civil de Guaratinga (BA) prendeu, na tarde desta quarta-feira (11), um homem suspeito de ter engravidado a própria filha, de 13 anos. Um exame de ultrassonografia revelou que a menina está grávida de 17 semanas, o equivalente a cerca de quatro meses de gestação.

Segundo o delegado Antonio Alberto Passos Melo, responsável pelo caso, o pai da menina tem 42 anos e teria confessado aos policiais que abusou da filha. "Ele está detido e vou pedir a prisão temporária dele, pois não houve flagrante".

A conselheira tutelar da cidade, Lindidalva Batista Santana, disse que recebeu uma denúncia sobre o abuso do pai contra a filha em novembro do ano passado. "Não tomamos providências naquela época por falta de condições de trabalho. Imagino que a gravidez, pela idade do feto identificada na ultrassonografia, tenha ocorrido na mesma época da denúncia".

Uma nova denúncia, desta vez já citando a gravidez da menina, foi feita esta semana para o Conselho Tutelar. "Um policial militar e um agente da Polícia Civil me acompanharam até a casa da família e lá mesmo o pai confessou que vinha abusando sexualmente da filha", disse Lindidalva.

A conselheira informou que, em conversa com a menina de 13 anos, a vítima relatou que sofria abusos sexuais desde a morte de sua mãe, há cerca de um ano e meio. "Ela me contou que o pai esperava os dois irmãos dormirem e a procurava no quarto dela. A menina mostra uma tristeza muito grande no olhar", disse Lindidalva.

Segundo ela, a menina está apenas na 3ª série do ensino fundamental e os dois irmãos têm deficiência intelectual. "Eles estão em casa de parentes. A menina segue hoje comigo para Porto Seguro, onde será feita um exame pericial nela. Depois, veremos se há a possibilidade de deixá-la em uma família provisória até ser definida a tutela dela", afirmou Lindidalva.

A conselheira disse ainda que o município não tem abrigos e nem creche para receber a menina de maneira provisória. "Falta estrutura para darmos o atendimento adequado para esta menina aqui na cidade. Vamos levá-la para o juizado da Infância e do Adolescente para vermos o que será decidido para futuro dela".

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